Zeekr passa a mandar na Lynk & Co

Para eliminar a concorrência interna e melhorar as vendas, a Geely decidiu que a Zeekr vai passar a assumir o controlo da Lynk & Co porque entende que existe uma sobreposição na oferta daquelas duas marcas, com prejuízo nas vendas para ambas.

A Geely quer agilizar o seu negócio e maximizar a competitividade ao colocar a Lynk & Co sob o controlo da Zeekr. Esta última passa a deter uma maioria de capital de 51% para melhorar a coordenação entre as duas marcas e eliminar a sobreposição que existe atualmente entre alguns modelos. O responsável será o CEO da Zeekr, Andy An.

Com esta decisão, a Geely espera aumentar as vendas combinadas das duas marcas para mais de um milhão de unidades por ano contra as 340 mil no ano passado. Ao aumentar a eficiência operacional das duas marcas é apontado com decisivo num mercado cada vez mais competitivo.

A Geely quer posicionar a Zeekr como a líder na inovação tecnológica do grupo e irá partilhar a sua tecnologia com as 12 marcas do grupo, onde se incluem a Volvo, Polestar, Smart e Lotus.

“Se não as integrarmos vamos ter problemas como a concorrência interna…e investimentos redundantes em muitos aspetos como a Pesquisa & Desenvolvimento ou vendas, o que é estúpido”, comenta Gui Shengyue, CEO da Geely. Ao colocar as duas marcas sob a mesma direção, a Geely espera reduzir os custos de desenvolvimento em cerca de 20%.

Os veículos da Zeekr também vão passar a estar disponíveis na rede de concessionários da Lynk & Co para reforçar a presença em cidades onde ainda não tinha pontos de venda.  À semelhança de outras marcas chinesas, a Zeekr admite a possibilidade de produzir automóveis na Europa para evitar o pagamento das pesadas tarifas aprovadas pela União Europeia.

Apesar da Geely ser um construtor automóvel importante a nível mundial foi ultrapassado nos últimos anos pela BYD, que aumentou as vendas de 500 mil veículos em 2021 para mais de três milhões em 2023, quase o dobro da Geely no mesmo ano. Este ano, aquele fabricante espera ultrapassar os dois milhões, graças a uma subida nas vendas de 32% nos primeiros três trimestres.