O fabricante de carroçarias italiano Zagato acaba de dar a conhecer o seu mais recente projecto, de nome AGTZ Twin Tail. Uma proposta que procura recuperar o conceito 'longtail' dos carros de corrida da década de 1960, reinterpretando-o de uma forma não apenas impactante, mas também de uma forma particularmente invulgar!
Com produção já assegurada, ainda que limitada a não mais que 19 unidades, o AGTZ Twin Tail tem como primeira curiosidade o facto de ser uma criação desenvolvida a partir de um outro modelo, de um outro fabricante, e que, aliás, já se encontra em comercialização - falamos de, nada mais, nada menos, que o Alpine A110.
Partindo desse modelo, a Zagato decidiu acrescentar-lhe uma espécie de apêndice em fibra de carbono, que prolonga a traseira muito para além daquilo que são as formas originais do carro. Materializando, assim, não apenas a inspiração nascida nos "longtail" da década de 60 do século passado, como também o nome "Twin Tail".
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No entanto, os elementos invulgares não ficam por aqui, já que e ao contrário do que acontecia nesses carros de corrida de então, a cauda do AGTZ é amovível - tanto pode ser colocada para dar um ar mais retro ao desportivo, como pode ser retirada e mantida na garagem; até para facilitar as manobras de estacionamento!
E se tudo isto lhe parece uma enorme e desnecessária complicação, saiba que a Zagato apresenta argumentos para a opção: segundo a empresa italiana, o projecto tem também por objectivo homenagear ao Alpine A220, um carro de corridas "longtail" que foi desenhado com o objectivo de vencer as 24 Horas de Le Mans.
Infelizmente e apesar das preocupações aerodinâmicas, o modelo nunca conseguiu alcançar o tão almejado propósito, acabando por levar a Alpine a cortar a "cauda longa" a um dos exemplares (chassis número 1731, recorda o site Carscoops), para o inscrever em rampas em outras competições do géneros. E que acabariam por ser as únicas provas em que o A220 conseguiu, efectivamente, chegar ao pódio!
Mais do que uma cauda
Ainda quanto ao AGTZ Twin Tail, vale a pena também dizer que a Zagato não se limitou a colocar uma cauda amovível, mas modificou, igualmente, outras partes do carro, como é o caso da grelha frontal e dos faróis. Além de ter adicionado uma nova entrada de ar na traseira e retocado, tanto a moldura das janelas, de forma a apresentarem um desenho mais esguio, como o tejadilho, que ganhou um formato subtil de bolha dupla.
Infelizmente e nesta primeira apresentação, o fabricante italiano só não revela se o bloco 1.8 litros, com 255 cv na versão standard e 301 cv na variante R, e que equipa de origem o A110, também foi retocado.
Ficando, nesse aspecto, apenas as palavras do CEO da empresa italiana, Andrea Zagato, segundo as quais e tal como já acontece com outros veículos do fabricante, o objectivo, neste novo projecto, é oferecer um Grand Tourer de linhas apaixonantes, e não um carro de corridas, feito à imagem do modelo que lhe serviu de inspiração.