De um "não gosto de carros elétricos" à total rendição a esta nova realidade basta um pequeno passo: testar o modelo de emissões 0 que a Porsche está a desenvolver. Isso mesmo se comprova no vídeo de Walter Rohrl com o Porsche Taycan. Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Esta famosa frase, criada por Fernando Pessoa em 1929 para uma campanha da Coca-Cola pode ser aplicada, 90 anos mais tarde, a uma realidade totalmente diferente. Falamos da descoberta dos veículos elétricos. Mais precisamente, de Walter Rohrl com o Porsche Taycan, numa experiência única que a marca divulgou no seu site e também no vídeo seguinte... https://www.youtube.com/watch?v=nz8-p9dn3NY O antigo campeão de rallies mostra-se desde logo um público difícil, não tendo problemas em dizer que não gosta de carros elétricos. Mas rende-se à forma como o fabricante germânico conseguiu fazer do seu primeiro modelo de emissões 0 um fiel representante das características singulares de condução da marca. Ao ponto de afirmar que "se tivesse de conduzir com os olhos vendados, continuaria a saber imediatamente que estava sentado num Porsche". Curiosidade é saber o que mais impressionou o piloto. Durante a experiência de Walter Rohrl com o Porsche Taycan, ele ficou surpreendido com "a forma como sinto tão pouco a falta do barulho do motor", referindo que nunca antes tinha considerado ser possível que a ausência de som não fosse sinónimo de perda de performance. Rohrl identifica o Taycan como um verdadeiro Porsche através de várias características. Entre elas, destaca a precisão de volante e sistema de travagem, bem como a resposta do acelerador. A que se junta uma vantagem conferida pela motorização elétrica, que é a total ausência de quebras de regime. E de tal forma ficou surpreso Walter Rohrl com o Porsche Taycan que ele até acaba por dizer que encontrou neste desportivo um nível de performance que nunca experimentou sequer com os seus carros de ralies. E, tendo em conta que falamos de máquinas como o Audi Sport Quattro e o Lancia 037, está tudo explicado... [https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/01/high_taycan_2019_porsche_ag.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/01/high_walter_röhrl_taycan_2019_porsche_ag.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/01/high_taycan_2019_porsche_ag-1.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/01/high_taycan_2019_porsche_ag-2.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/01/high_taycan_2019_porsche_ag-3.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/01/high_taycan_2019_porsche_ag-2-11111.jpg,https://www.turbo.pt/wp-content/uploads/2019/01/high_taycan_2019_porsche_ag-2-222222.jpg] Depois de dizer que num carro como este as lágrimas não caem, são antes varridas para trás pela velocidade, Walter Rohrl considera que, de momento, o principal desafio nem está no desenvolvimento do Taycan. Afinal, ele já parece muito capacitado e, depois de um teste anterior ao modelo, o piloto afirma ter ficado surpreso pela evolução alcançada. Especialmente na forma como foi camuflado de forma perfeita o peso causado pela introdução das baterias. Para o bicampeão WRC (80 e 82), o desafio agora está na expansão da rede de postos de carregamento, especialmente os de carga a 800 volts, capazes de oferecer 100km de autonomia em cerca de 3 minutos. Porque considera que a garantia de não ficar a aguardar por um ponto de carga é obrigatória para que a compra de um Taycan compense. E também porque, graças ao comportamento do desportivo elétrico, afirma que "ficaria louco de ver alguém à minha frente para abastecer [as baterias] e ter de esperar"...