VW perde 2 mil milhões por semana e PSA vai reabrir as fábricas

À medida que a guerra contra o COVID-19 se prolonga, a pressão aumenta sobre os construtores como a VW ou PSA, que já mostram intenção de reabrir fábricas.

À medida que a guerra contra o COVID-19 se prolonga, a pressão aumenta sobre os construtores de automóveis, com as perdas a avolumarem-se. Perdem-se milhares de milhões de euros por semana e algumas marcas, como a VW e a PSA, mostram a intenção de reabrir fábricas, mas com condições de segurança.

O Grupo Volkswagen começa a ponderar despedimentos à medida que perde dois mil milhões de euros por semana devido à pandemia. Quem o disse foi o próprio CEO do grupo alemão, Herbert Diess, ao canal de TV alemão ZDF.

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O responsável pela VW afirma que as vendas não existem fora da China e que é preciso pensar em soluções. Mesmo na China, onde lentamente a vida regressa ao normal, a produção ainda está apenas a metade da cadência normal.

Diess afirmou ainda que pondera o regresso à produção, assegurando condições de segurança aos trabalhadores.

Recorde-se que o Grupo VW tem 124 fábricas no mundo, das quais 72 estão na Europa e 28 no Alemanha, todas com produção suspensa desde o início de março devido à pandemia.

Com um total de 124 fábricas fechadas em todo o mundo, a Volkswagen pondera já a reabertura, devido aos prejuízos
Com um total de 124 fábricas fechadas em todo o mundo, a Volkswagen pondera já a reabertura, devido aos prejuízos

A fábrica AutoEuropa, localizada em Palmela e um dos maiores exportadores nacionais, é uma das que suspenderam a produção.

PSA vai reabrir as fábricas

Não é só a VW que está a sentir a pressão dos números, pois também a PSA (Peugeot/Citroën/Opel) acaba de anunciar um projeto piloto para o reinício da produção nas suas fábricas, apesar da oposição dos sindicatos, que acusam a intenção de "prematura".

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O grupo francês, liderado pelo português Carlos Tavares, já reiniciou a produção na China e compromete-se a tomar um vasto conjunto de medidas de segurança para as fábricas europeias, de forma a salvaguardar a saúde dos funcionários e a evitar contaminações.

Desinfeções de hora a hora

Todos os funcionários receberão máscaras, terão a temperatura monitorizada, estarão a distância segura uns dos outros e não terão de abrir ou fechar portas, as quais serão mantidas abertas, para evitar o contágio através dos puxadores. As fábricas PSA procederão ainda à desinfeção de todas as ferramentas de trabalho e superfícies, de hora a hora.

No caso do grupo francês PSA, a reabertura está a ser feita mediante a aplicação de medidas de segurança acrescidas
No caso do grupo francês PSA, a reabertura está a ser feita mediante a aplicação de medidas de segurança acrescidas

Os trabalhadores terão também de esperar três horas para pegar em ferramentas ou objetos manipulados por outros. Todos os intervalos de trabalho passam a ter um acréscimo de cinco minutos, para que os trabalhadores lavem devidamente as mãos e o número de autocarros das fábricas será duplicado, para transportarem menos trabalhadores de cada vez.

Durante a quarentena coletiva nem todas as fábricas da PSA encerraram, tendo sido mantida a produção e distribuição de peças necessárias à circulação de veículos indispensáveis, como por exemplo as ambulâncias.