O Grupo VW anunciou novas metas, ainda mais expressivas, para a sua ofensiva elétrica, esperando vender 22 milhões de veículos elétricos nos próximos dez anos Na apresentação dos resultados financeiros do último ano, em que atingiu um novo recorde de vendas mas viu as receitas cair devido à homologação para o WLTP, a grande novidade apresentada pelo Grupo VW centrou-se na visão do futuro. O consórcio alemão anunciou metas ainda mais ambiciosas para a sua ofensiva elétrica, designada 'RoadmapE', prevendo agora vender até 2028 um total de 22 milhões de veículos elétricos. Isto representa um importante salto em comparação aos anteriores 15 milhões de vendas de veículos de emissões 0 ao longo da próxima década. Para atingir este objetivo, a gama de veículos elétricos das marcas do Grupo Volkswagen (Audi, Bentley, Bugatti, Seat, Skoda, Porsche e VW) vai expandir-se fortemente. E se anteriormente estavam previstos 50 modelos elétricos até 2030, agora a intenção é ter um portefólio de 70 automóveis de emissões 0. Para arrancar com esta ofensiva, em 2022 estarão oito fábricas em três continentes preparadas para fabricar elétricos. Os "pioneiros" já são conhecidos, o Audi e-Tron e o Porsche Taycan, contando cada um deles já com 20.000 encomendas registadas. E, tal como estes dois modelos, os futuros lançamentos (antevistos com concepts como os VW ID e Skoda Vision) vão também ter por base a plataforma modular MEB. Esta futura gama de elétricos será importante para atingir uma redução de 30% da pegada de carbono do Grupo VW até 2025. É mesmo referido que estes valores, alinhados com as metas do Tratado de Paris, são um passo rumo à total descarbonização do gigante automóvel alemão. Mas, para atingir estas metas, é preciso investir, e como tal estão reservados 30 mil milhões de euros para a sua ofensiva de eletrificação. Dinheiro que virá, em parte, de alterações estruturais que vão aumentar a eficiência e performance do grupo nas mais diversas áreas. Talvez por isso, o CEO do grupo VW, Herbert Diess, veio deixar um alerta aos potenciais rivais, indicando que "o supertanque está a ganhar velocidade, e a tornar-se mais rápido e mais ágil".