Procurando aproveitar ao máximo a transição para a Mobilidade Elétrica, a sueca Volvo estará já a ponderar o lançamento de um novo crossover elétrico, mais pequeno que o XC40. O qual, diga-se, até já pode ter nome: XC20.
Numa altura em que a marca sueca lança o seu primeiro veículo 100% elétrico de produção em massa, o XC40 Recharge P8, a Volvo procura, assim, continuar a alargar a sua oferta elétrica. Embora e ao contrário do que seria de prever, não recorrendo a um modelo já existente, como acontece com o XC40, mas lançando um modelo totalmente novo.
Aliás e embora nada esteja ainda decidido, o facto da Volvo ter como estratégia acrescentar, a cada ano que passa, até 2025, um novo modelo elétrico à sua gama, torna o lançamento de uma proposta ainda mais pequena que o XC40, algo perfeitamente plausível.
LEIA TAMBÉM
XC40. Volvo introduz nova versão PHEV de entrada e dois novos Mild Hybrid
Aliás, importa não esquecer que a Volvo já registou a patente comercial de designações como XC10 e XC20.
Segundo avança o britânico AutoExpress, este novo modelo, que poderá assumir, precisamente, a designação de XC20, não recorrerá, contudo, à mesma e já conhecida plataforma do XC40, a CMA, mas utilizará, sim, a nova plataforma para veículos elétricos da casa-mãe Geely, denominada Sustainable Experience Architecture (SEA). A qual já serve de base, aliás, ao primeiro modelo da chinesa Lynk & Co, o 01.
Em declarações à mesma publicação, o CEO da Volvo, Hakan Samuelsson, chegou a comentar que "os carros mais pequenos também podem ser premium. Aliás, quando compramos um fato pequeno, este não tem de ser de polyester. No nosso caso, fá-lo-emos, certamente, em conjunto com a Geely, pelo que será algo de muito natural. Já estamos a cooperar neste domínio. Por exemplo, nós desenvolvemos a CMA em Gotemburgo, embora o financiamento tenha sido conjunto. Quanto à SEA, foi desenvolvida na China, recorrendo a fornecedores chineses, o que permite uma boa estrutura de preços. Embora sempre com o toque final Volvo".
Já quanto ao interesse em produzir mais uma proposta do tipo de crossover, Samuelsson recordou que "os SUV continuam sendo muito populares, embora e neste caso, tenha de ser também elétrico. Eu acredito que os SUV do futuro talvez não sejam exatamente iguais aos SUV de hoje em dia. Por exemplo, a altura ao solo, assim como as capacidades offroad, são algo que, hoje em dia, já não têm a importância de outrora".
Embora não avançando quaisquer prazos para o lançamento deste novo modelo, o CEO da Volvo não deixou de assumir a importância que um modelo como este XC20 poderá ter, nomeadamente, no alcançar do objectivo de chegar a 2025, com os elétricos a representarem metade das vendas da marca sueca.
Novo Série 40 para 2021, XC100 para 2022
De resto e também nestas declarações à AutoExpress, Hakan Samuelsson, revelou ainda que um novo modelo da Série 40 deverá chegar em 2021, o qual "também será elétrico".
A par desta novidade, mas apenas para 2022, a Volvo está ainda a desenvolver um novo modelo porta-estandarte, a que se será dada a designação de XC100.
De resto e ainda sobre esta última proposta, o CEO da Volvo revelou ainda que terá por base a segunda geração da plataforma maior da marca, a SPA, que na sua forma mais evoluída adoptará a denominação de SPA2. E que, face à antecessora, permitirá albergar carroçarias com dimensões para lá dos 5,5 metros de comprimento.
Com o nome de código V616, sendo o primeiro 6 o número empregue na proposta de maior tamanho no seio da marca, o 1 enquanto sinónimo de 1.º geração, e o seis final, o número dado ao tipo da carroçaria, o XC100 deverá ter cerca de 30 cm mais que o atual XC90, ganho conseguido não apenas para lá do eixo traseiro, mas também entre eixos. Isto, para poder albergar três filas de bancos, sem reduções drásticas na capacidade da bagageira.
Impulsionado por vários tipos de motorizações - térmicas, híbridas, semi-híbridas, híbridas plug-in e 100% elétricas - , este novo porta-estandarte destinar-se-á, em particular, aos mercados-chave da Volvo, como os EUA e a China, ao mesmo tempo que servirá para reforçar a imagem da marca sueca, devido ao seu posicionamento de luxo.