Volkswagen. Tayron é o SUV que veio da China

Apontado ao espaço existente entre o Tiguan de cinco lugares e o SUV porta-estandarte da marca alemã, Touareg, o Tayron anuncia-se, assim, como o segundo maior SUV da Volkswagen para a Europa, graças a um comprimento de 4,77 metros (+231 mm que um Tiguan), mas também uma distância entre eixos fixada nos 2,79 m, ou seja, mais 114 mm que o SUV compacto. Face ao qual o Tayron também mostra mais largura (1,85 m) e altura (1,66 m).

Naturalmente, todo este crescimento acaba resultando em ganhos no que à habitabilidade e espaço de carga diz respeito, com o Tayron a anunciar não apenas a possibilidade de envergar cinco ou sete lugares (opcionais), como também uma capacidade de bagageira que pode variar entre os 345 litros (com três filas em uso) e os 885 litros (com duas filas). Sendo que, abdicando da segunda fila, o espaço para carga chega aos 2.090 litros, 1905 l no caso da versão com sete lugares.

Salientar, ainda, que estes valores dizem respeito às versões com motores exclusivamente de combustão, já que, nas versões híbridas, a colocação da bateria sob o piso da bagageira faz reduzir a capacidade de carga para os 705 e os 1.915 litros. Além de apenas ser possível dispor de cinco lugares.

A combustão, Mild Hybrid e PHEV

Mas já que falamos de motores, momento para destacar a extensa oferta neste domínio e que começa num 1.5 eTSI, sinónimo de quatro cilindros a gasolina com 150 cv de potência e 250 Nm de binário, equipado não somente com tecnologia Mild Hybrid, como forma de suavizar os consumos, como também com tecnologia de supressão de cilindros, a permitir ao motor funcionar apenas com dois cilindros, poupando, dessa forma e ainda mais, nos consumos.

A somar a este Mild Hybrid de 48V, um 2.0 TSI a gasolina, declinado em duas variações, com 150 cv/320 Nm e 265 cv/400 Nm, e um 2.0 TDI, também ele com dois níveis de potência: 150 cv/360 Nm e 204 cv/400 Nm. Este último, com tracção às quatro rodas de série.

Como motorizações híbridas plug-in (e-Hybrid), duas opções, com 204 e 272 cv, mas, principalmente, a capacidade de realizar mais de 100 km em modo exclusivamente elétrico, graças também à presença de uma bateria de 19,7 kWh. Esta última, passível de ser recarregada em wallbox com potências até 11 kW, num posto de carga AC de até 50 kW ou em tomadas de carregamento rápido DC.

Somada a capacidade do depósito da gasolina à autonomia proporcionada pela bateria, o Tayron pode percorrer até 850 km sem ter de parar.

Referir, ainda, que todas as motorizações são conjugadas, de série, com transmissão automática, que será de sete velocidades no caso dos motores convencionais e de seis relações no caso dos PHEV. Mas, também e à excepção do 2.0 TDI de 204 cv, com tracção apenas dianteira.

Cinco ou sete lugares

Passando ao habitáculo, destaque para a presença de um enorme ecrã central táctil de 15 polegadas, a que se soma um painel de de instrumentos digital com 10,25”, mas já não tantos comandos físicos quanto seria desejável; pelo contrário, o SUV alemão opta por comandos de toque como a já bem conhecida barra para regulação dos sistemas acessórios, hoje em dia retroiluminada.

Já no volante, a troca das não menos conhecidas e, por isso mesmo, frustrantes teclas de toque capacitivo, por botões tradicionais.

Finalmente e também disponíveis, bancos dianteiros aquecidos, ventilados e com sistema de massagem, um head-up display com projecção no pára-brisas, sistema de som Harman-Kardon e iluminação ambiente com mais de 30 cores.

Para este outono

A terminar, dizer apenas que a Volkswagen agendou o arranque das pré-vendas do Tayron em mercados seleccionados, como a Alemanha, já para esta quinta-feira, dia 10 de outubro, sendo que, nos restantes países europeus, as previsões são de que o SUV possa entrar em comercialização durante este outono.