Para acelerar as vendas de veículos elétricos até 2030, a Volkswagen vai implementar o plano Accelerate, que prevê o lançamento de, pelo menos, um automóvel elétrico por ano. Todavia, os automóveis de combustão não são para acabar e alguns modelos vão ter gerações novas.
A Volkswagen vai acelerar os seus planos de eletrificação e pretende que mais de 70% dos automóveis vendidos na Europa em 2030 sejam elétricos. Isto é o dobro do previsto inicialmente pela marca de Wolfsburg.
Esta é uma alteração significativa fase aos planos da Volkswagen que apontavam para 35% no total de vendas até ao final da década, mas o CEO Ralf Brandstätter considera que é altura para fazer crescer esse objetivo para tornar na Volkswagen "na marca mais atrativa para a mobilidade sustentável".
O responsável acrescentou que os automóveis com motor de combustão interna continuarão a desempenhar um papel importante, e que alguns dos modelos mais vendidos como o Golf e o Tiguan terão novas gerações.
Ao abrigo da estratégia Accelerate, a Volkswagen pretende igualmente que mais de 50% das vendas nos Estados Unidos e China sejam veículos elétricos. Ralf Brandstätter adiantou que a empresa irá fazer fortes investimentos no desenvolvimento de software e de tecnologia digital, incluindo sistemas de condução autónoma.
A marca de Wolfsburgo pretende lançar, pelo menos, um veículo elétrico por ano para poder cumprir os novos objetivos de vendas de veículos elétricos. A Volkswagen vai introduzir três modelos elétricos este ano: ID.4 GTX com tração integral, ID.5 (SUV-coupé), ID.6 (SUV grande para a China). A versão de produção do ID.Buzz deverá chegar em 2022, seguindo-se o "Aero B".
O CEO da Volkswagen também referiu que o novo automóvel elétrico pequeno, provavelmente ID.1, deverá chegar em 2025, enquanto o novo topo de gama "Artemis EV", baseado numa avançada nova plataforma, está previsto para 2026.
Automóveis de combustão não são para acabar
Apesar da receptividade dos veículos elétricos variar em diferentes regiões, Ralf Brandstätter sublinhou que a Volkswagen não vai acabar com os automóveis com motores de combustão, adiantando que ainda serão necessários durante algum tempo, "mas devem ser tão eficientes quanto possível", recorrendo, para o efeito, à tecnologia híbrida plug-in. A Volkswagen garantiu que serão lançadas novas gerações do Golf, Tiguan, Passat e T-Roc.
Como parte do plano de crescimento Accelerate, a Volkswagen vai investir no desenvolvimento de software, sistemas conectados e tecnologia autónoma. "Se acreditam que chegamos ao futuro apenas com veículos elétricos, estão enganados", afirma Ralf Brandstätter.
"A chave é a digitalização. O carro é agora um produto orientado pelo software, como um dispositivo de Internet. Os carros vão tornar-se mais inteligentes e seguros. A eletrificação é apenas o início, a verdadeira disfunção ainda está para chegar".
Tecnologia de condução autónoma
A Volkswagen vai investir 16 mil milhões de euros nos próximos cinco anos em sistemas digitais e tecnologia de condução autónoma. A marca também pretende desenvolver novos modelos de negócio ao vender serviços de carregamento e sistemas conectados, utilizando atualizações "over-the-air".
O projeto Trinity é outra das apostas da Volkswagen e irá disponibilizar nos níveis de condução autónoma - o mais elevado será nível 4 - quando for lançado em 2026.
Entretanto, a marca revelou o primeiro esboço de design do Project Trinity, um sedan elétrico que será produzido em Wolfsburg a partir de 2026 e estabelecerá novos padrões em termos de autonomia, velocidade de carregamento e digitalização.