Depois de ter confirmado, ainda em Março de 2021, que o modelo teria uma nova geração, eis que, agora, surge a informação, oficial, de que, aquele que é também um dos modelos ícone na história da Volkswagen, o Golf, não tem ainda garantido que terá sucessor.
A divulgação desta nova tomada de posição, relativamente a um dos modelos incontornáveis na história da marca de Wolfsburgo, foi feita pelo recém-nomeado CEO da Volkswagen, Thomas Schäfer, que, no passado dia 1 de abril, deixou a liderança da Skoda, para assumir os comandos da marca que dá nome ao grupo automóvel alemão.
Numa entrevista ao diário alemão Welt, Schäfer revelou que, ao contrário do que chegou a ser avançado, ainda não foi tomada qualquer decisão definitiva relativamente ao futuro do Golf.
Na base destas dúvidas, estão, segundo o mesmo responsável, os custos crescentes, necessários para o desenvolvimento de modelos equipados com motores de combustão, assim como o quase garantido aumento dos preços dos carros com motores térmicos - entre 3.000 e 5.000 euros, segundo o novo CEO da Volkswagen -, com a entrada em vigor da norma Euro 7.
Aliás, também nesta entrevista, Thomas Schäfer vaticina, inclusivamente, o fim dos modelos com preços na ordem dos 10.000€ [na Alemanha], uma vez que a necessidade dos motores de combustão cumprirem normas mais rígidas, em termos de emissões, levará a um aumento dos custos de desenvolvimento.
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Assim e pelo menos para já, garantido está apenas um facelift a apresentar a meio do ciclo de vida da atual geração, embora sem garantias de lançamento de uma nona geração. Sendo que, no caso desta seguir em frente, certo, desde já, é que não bastará um ciclo de vida de 7 a 8 anos, para recuperar o investimento exigido.
Então e o Polo?…
Seja como for, o CEO da Volkswagen também revelou que, uma decisão quanto ao lançamento de uma nona geração do Golf, deverá ser tomada nos próximos 12 meses. Sendo que fica, desde já, no ar, a questão relativamente a propostas como, por exemplo, o próximo Polo, modelo que faz parte do lote dos chamados pequenos carros, que Schäger diz não justificarem o investimento.
De resto, importa não esquecer que, por exemplo, a Audi, outra das marcas do grupo Volkswagen, anunciou já a decisão de sair dos segmentos mais baixos, colocando, assim, um ponto final em propostas como o A1 ou o Q2.