O reconhecimento da gravidade da situação foi manifestado pela presidente do Conselho dos Trabalhadores da Volkswagen, Daniela Cavallo, em declarações aos funcionários em Wolsburgo. Garantindo que “a Administração está a levar este assunto muito a sério” e que “não se trata de uma questão de negociação por menores salários, nem nada que se pareça”.
Mas se, no que à avaliação da situação atual diz respeito, “não existem grandes diferenças de opinião entre nós e a administração”, “aquilo que verdadeiramente nos afasta, e muito, são as respostas para os mesmos”, afirma, em declarações reproduzidas pelo site Automotive News Europe, a sindicalista.
Embora, até ao momento, ainda não se saiba quais as fábricas que serão afectadas ou até mesmo o número de trabalhadores a dispensar, a verdade é que foi a própria administração do grupo automóvel alemão que começou por anunciar a necessidade de uma profunda reestruturação, devido não só aos elevados custos energéticos e laborais, como também à forte concorrência asiática, à diminuição da procura na Europa e China, assim como a uma transição para um futuro elétrico mais lenta que o esperado.