Segundo o advogado de um engenheiro que foi demitido pelo fabricante germânico, a Volkswagen despediu a pessoa errada no caso da fraude de emissões, afirmando que este ténico perdeu o emprego mas não sabia de nada... Os casos de despedimento são sempre complicados e significam por vezes desacordo entre as duas partes. E as informações que agora surgem indicam que no Dieselgate isso também poderá ter acontecido, com uma queixa de que a Volkswagen despediu a pessoa errada. O caso envolve um engenheiro demitido, que até teve de prestar depoimento às autoridades americanas e nas investigações internas. Mas, segundo o que o seu advogado disse agora a um juiz alemão, ele não sabe nada sobre o caso da fraude de emissões. Este seria um dos responsáveis pelo desenvolvimento dos motores diesel na Alemanha, onde as leis impedem que o seu nome seja divulgado. Mas o advogado que o defende, Ullric Weber, não tem dúvidas e veio indicar que "eles [a VW] despediram a pessoa errada, é tão simples quanto isso". Para suportar esta afirmação, ele diz que o seu cliente nem sequer trabalhou no motor EA189, que esteve no centro da fraude de emissões, pois estaria a desenvolver a geração seguinte de propulsores Diesel do grupo germânico. E, tendo em conta isto, ainda refere que "o motivo por que se quiseram ver livres dele continua por saber". Weber diz ainda que nada indicia que o seu cliente tenha tido papel na fraude de emissões, e que mesmo as autoridades americanas não levantaram qualquer queixa contra ele. O funcionário em causa, que supostamente a Volkswagen despediu sem razão, estaria no grupo desde 1995 e foi suspenso de funções em novembro de 2015, um mês após o Dieselgate ter sido descoberto. Continuou, no entanto, a receber o seu ordenado até agosto de 2017, quando deixou os quadros da empresa. E agora o próprio tribunal deseja saber por que motivos foi este engenheiro foi despedido, tendo exigido uma resposta do fabricante até ao início de dezembro. A próxima audiência deste caso, designado ArbG Braunschweig, 8 Ca 334/18, está, no entanto, apenas marcada para março de 2019. Fonte: Automotive News Europe