Até ao final desta década, a Deloitte prevê que sejam vendidos cerca de 31,1 milhões de veículos elétricos. A consultora estima que as vendas de carros com motor de combustão interna (ICE) já tenham atingido o seu pico.
De acordo com um estudo realizado pela consultora Deloitte, até ao final da década, um terço de todos os carros novos vendidos no Mundo serão eletrificados, alegando uma mudança radical na escolha do consumidor.
A empresa estima que 31,1 milhões de veículos eletrificados serão vendidos por ano até 2030, mais dez milhões do que o previsto em janeiro de 2019. Assim, é provável que o pico de vendas de veículos a gasolina e diesel tenha ocorrido durante a pandemia do Coronavírus, acrescenta o estudo.
Embora seja plausível que o mercado mundial de automóveis não atinja os níveis pré-pandemia, antes de 2024, prevê-se no entanto que as vendas de veículos elétricos se situem na ordem dos 2,5 milhões em 2020.
Aplicando uma taxa de crescimento anual composta de 29%, quer dizer que em 2025 as vendas destas viaturas devem chegar aos 11,2 milhões em 2025, situando-se depois nos 31,1 milhões em 2030. Nesta altura, os veículos elétricos representarão 81% de todos os carros elétricos novos vendidos.
Dissipação gradual dos obstáculos
A Deloitte atribui a disparidade de resultados, entre as previsões de 2019 e deste ano, a vários fatores que impulsionam o crescimento da venda de veículos elétricos. Entre eles, destaca-se a dissipação gradual dos obstáculos que anteriormente desencorajavam os condutores a fazer essa troca, entre eles a crescente acessibilidade dos veículos elétricos convencionais.
Jamie Hamilton, responsável pela área de veículos elétricos da Deloitte, explicou que "o elevado preço associado a muitos veículos elétricos restringiu inicialmente alguns dos seus apoiantes, mas como o seu custo tem vindo a aproximar-se dos a gasolina e diesel, então o número de possíveis compradores deverá aumentar".
O consultor afirma ainda que "uma gama mais ampla de veículos elétricos novos, combinada o crescimento do mercado de usados, significa que eles estão a tornar-se uma opção viável para muitos".
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Outras fatores que incentivam a adoção deste tipo de visturas incluem os vários incentivos financeiros adotados pelos Governos, as metas de emissões mais rigorosas e uma gama mais abrangente de modelos no mercado, incluindo SUVs, berlinas, carros desportivos e superminis.
Uma pesquisa recente efetuada pela Deloitte concluiu que metade dos condutores inquiridos no Reino Unido, consideraria adquirir um carro elétrico, mas 33% citaram os custos crescentes das infraestruturas daquele país, como a sua maior preocupação.