Numa altura em que os motores a combustão têm já garantida a possibilidade de sobrevivência, para além de 2035, a União Europeia (UE) acaba, igualmente, de fixar novas e mais exigentes metas, em termos de implementação de postos de carregamento, não só para elétricos, como também para veículos a hidrogénio. Com o primeiro prazo a surgir já em 2026.
Numa altura em que a presidência rotativa da União Europeia (UE) está nas mãos da Suécia, o painel de negociadores dos 27 estados-membros chegaram, assim, a acordo para mais uma etapa nos esforços de descarbonização, dentro das fronteiras da UE, tendo como objectivo último, o alcançar da neutralidade climática em 2050.
Segundo avança a Automotive News Europe, com base em informações recolhidas pela agência noticiosa Reuters, o Parlamento Europeu alcançou, na passada madrugada de terça-feira, em conjunto com os representantes dos estados-membros da UE, um acordo para a implementação de uma rede de pontos de carregamento de eletricidade e hidrogénio, que visa estimular e acelerar a implementação da mobilidade zero emissões.
Segundo este novo acordo, os 27 assumem o compromisso de instalar estações de carregamento para veículos elétricos, a cada 60 quilómetros, nas principais vias europeias, até 2026. Sendo que, no caso específico dos camiões e outros veículos pesados, os intervalos entre os postos poderão ser de 120 quilómetros, devendo, pelo menos, metade, estar instalada e a funcionar, até 2028.
Quanto aos veículos a hidrogénio, o compromisso é de que os estados-membro implementem postos de abastecimento com intervalos, de pelo menos, 200 quilómetros, sendo que esta rede deve estar a funcionar até 2031.
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"O acordo enviará um sinal claro aos cidadãos e outras partes interessadas, de que uma infraestrutura de recarga amigável e estações de reabastecimento para combustíveis alternativos, como o hidrogénio, serão uma realidade em toda a UE", comentou, num comunicado divulgado pela própria União Europeia, o ministro sueco das Infraestruturas e Habitação, Andreas Carlson, numa declaração da UE.
Recordar que este acordo acontece na mesma semana em que a União Europeia chegou a acordo com a Alemanha para a aprovação da nova regulamentação anti-emissões, a qual previa que os motores a combustão deixassem de ser comercializados, em carros novos, já a partir de 2035. Sendo que, com o acordo entretanto alcançado, a combustão poderá continuar, desde que funcionando com combustíveis ecologicamente neutros.
Já no caso dos combustíveis alternativos, como a eletricidade ou o hidrogénio, a falta de uma rede de carregamento adequada às necessidades dos condutores, é há muito apontada como um dos principais óbices ao avanço e implementação da mobilidade zero emissões, sendo que, com o novo plano agora aprovado, fica assegurado que "conduzir e carregar um automóvel de nova geração, passe a ser tão simples e cómodo, quanto um que depende da gasolina", afirmou o eurodeputado alemão responsável pela condução das negociações, Ismail Ertug.