Continua a tomada de lados. Áustria mantém o apoio à proibição da combustão

Continua a contagem de espingardas, depois da Áustria ter reafirmado o apoio ao fim da venda de carros novos a combustão na União Europeia.

Continua a contagem de espingardas na disputa se tornou o fim da venda de veículos novos a combustão, na União Europeia, a partir de 2035, depois de, esta quinta-feira, a Áustria ter vindo reafirmar o seu apoio à implementação da medida. Defendendo que "a UE tem de se manter como um parceiro fiável" para o mundo.

O reafirmar da posição da Áustria foi transmitido pela ministra para o Clima, Leonore Gewessler, a qual defendeu não existirem razões para que o seu país alterasse o apoio declarado na sequência das negociações para a implementação da regulamentação que proíbe a comercialização de veículos novos a combustão, na União Europeia (UE), a partir de 2035.

Comentando o impasse em que a legislação caiu, numa altura em que apenas restava a aprovação formal e final por parte dos 27, devido a um oposição de última hora manifestada pela Alemanha e pela Itália, Gewessler recordou que, "juntamente com uma maioria de estados-membros da UE, chegámos a um compromisso acerca da transição para uma nova realidade em que apenas serão admitidos automóveis novos zero emissões e não vejo qualquer razão para que mudemos a nossa posição".

"A União Europeia tem de manter-se um parceiro credível", acrescentou, em declarações reproduzidas pela Automotive News Europe, a ministra austríaca, à entrada para mais um reunião dos ministros do Ambiente da UE, em Bruxelas.

No entanto e apesar desta tomada de posição de Leonore Gewessler, vale a pena recordar que, há apenas cerca de uma semana, o chanceler austríaco, Karl Nehammer, assumiu, publicamente, que, caso este tema chegasse à cimeira de líderes da UE, opor-se-ia à proibição.

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Contudo e se um funcionário do Governo austríaco veio já esclarecer, este é um tema cuja responsabilidade recai sobre o Ministério do Clima, tutelado por Gewessler, e que este já deu o seu voto a favor da nova regulamentação europeia anti-emissões.

A terminar, recordar apenas que os líderes dos 27 países-membros da União Europeia têm encontro agendado para os próximos dias 23 e 24 de março, sendo que, pelo menos para já, o tema da proibição, não está na agenda.