A União Europeia pretende ter 30 milhões de veículos elétricos nas estradas dos Estados-membros até 2030, abrigo das novas metas para redução das emissões. O objetivo é ambicioso e inclui a revisão dos limites de emissões de dióxido de carbono para os veículos automóveis até junho de 2021.
A Comissão Europeia estabeleceu como objetivo para 2030 um parque circulante de 30 milhões de veículos elétricos nas estradas dos países da União Europeia. Para que esta meta seja alcançada, a indústria automóvel tem de acelerar o ritmo da sua transformação.
O objetivo de Bruxelas é bastante ambicioso, uma vez que o parque circulante atual de veículos elétricos é de 1,4 milhões de unidades na União Europeia. As previsões da Comissão Europeia apontam para um total de 28 milhões de veículos híbridos plug-in e elétricos a bateria nas estradas do Velho Continente em 2028.
O plano da Comissão Europeia contempla ainda um setor dos transportes mais amplo, que passa pela duplicação do transporte ferroviário de alta velocidade até 2030, permitindo que as viagens entre cidades a menos de 300 quilómetros se tornem neutras em termos de carbono.
Bruxelas pretende ainda que os aviões comerciais e os navios com emissões zero estejam preparados para serem comercializados até 2035.
Até meados do século, a estratégia da União Europeia passa igualmente pela duplicação do tráfego ferroviário de mercadorias e por triplicar o tráfego ferroviário de alta velocidade. Esta estratégia deverá dar origem a uma proposta de legislação comunitária nos próximos meses.
Novas ambições geram polémica
As propostas para a indústria dos transportes são lançadas numa altura em que existe uma grande discussão entre os Estados-Membros relativamente aos objetivos de redução das emissões de dióxido de carbono em 55% até ao final da próxima década para níveis idênticos aos de 1990.
O aumento para esse valor em relação aos objetivos atuais de 40% é um elemento chave do Acordo Verde Europeu e vai exigir mais investimentos na produção de energia e em infraestrutura.
"Necessitamos de tornar todos os modos de transporte sustentáveis" para cumprir os objetivos climáticos e permitir às empresas europeias que continuem s ser líderes industriais", pode ler-se no documento, sublinhando que os veículos de baixas e zero emissões ainda representarão uma parte demasiado pequena da frota automóvel.
A Comissão Europeia vai rever os limites de emissões de dióxido de carbono para automóveis e comerciais ligeiros até junho de 2021, e para os pesados em 2022, com a adoção de uma política para "estimular a procura de veículos de emissões zero".