As conclusões preliminares dos investigadores federais ao sistema de piloto automático do veículo são claras e apontam para falhas graves de que resultaram na morte de uma ciclista, pois o Uber autónomo teve seis segundos para evitar atropelamento fatal Após as primeiras suspeitas já avançadas no início deste mês de que o veículo autónomo da Uber não tinha feito tudo ao seu alcance para evitar o atropelamento mortal ocorrido a 19 de abril, essa falha foi agora confirmada pelas autoridades americanas que investigam o caso. Segundo explica o U.S. National Transportation Safety Board, o Uber autónomo teve seis segundos para evitar atropelamento fatal, pois nesse momento "o software classificou este pedestre como objeto não-identificado, como veículo e depois como ciclista". As autoridades vão ainda mais longe e não se limitam a indicar que o Uber autónomo teve seis segundos para evitar atropelamento fatal. Segundo é referido, quando faltava 1,3 segundos para o impacto o sistema concluiu que era necessário efetuar uma manobra de travagem de emergência, mas a empresa explica que esses procedimentos estão desativados enquanto o computador autónomo está ao controlo da viatura, para reduzir o potencial de comportamento errático da viatura. Esta situação merece ser destacada por dois motivos. O primeiro é que estes sistemas para mitigar ou evitar acidentes pela travagem são considerados essenciais para a redução da sinistralidade fatal (impedindo casos como este registado no Arizona). A isto junta-se o facto desta desativação servir de possível explicação para que se tenham verificado com alguma frequência colisões com protótipos de testes de autónomos de várias empresas. Já hoje, antes de serem divulgadas estas conclusões de que o Uber autónomo teve seis segundos para evitar atropelamento fatal, a empresa de mobilidade confirmou que estão encerrados os seus testes aos sistemas de piloto automático no Arizona. Fonte: Autoblog e Jalopnik Foto: NTSB, via Jalopnik