Em mais uma clara alteração da política ambiental do seu antecessor, Donald Trump vai eliminar as regras de emissões e consumos que tinham sido introduzidas no final do mandato de Barack Obama A tábua rasa de Donald Trump sobre muitas das políticas ambientais, elogiadas mundialmente, que foram implementadas pelo seu antecessor na Casa Branca, Barack Obama, ganha um novo episódio. Depois de já ter confirmado que vai 'rasgar' o Acordo de Paris, o atual Presidente Americano prepara-se para implementar duas medidas com impacto a longo prazo. Uma delas é a eliminação dos limites de emissões, que nos Estados Unidos estão diretamente associadas a tabelas de consumos dos automóveis ao invés das g/km de CO2 do continente europeu, e a outra é o fim do regime de exceção que existe na California, e que tem permitido a este Estado introduzir regras ainda mais exigentes. O final das alterações à lei introduzidas no final do segundo mandato de Obama foi confirmada pelo responsável da Agência de Proteção Ambiental (EPA – Environment Protection Ambient), Scott Pruitt. Este membro do Executivo afirmou que as regras para que os limites de emissões/consumos que foram colocadas em 4,3L/100km em 2025 "não eram apropriadas", e por isso conclui que "a decisão da Administração Obama estava errada". Pruitt indicou ainda que "a EPA vai introduzir padrões nacionais para as emissões de gases responsáveis dos efeitos de estufa que permitam aos fabricantes fazer carros que as pessoas querem e podem comprar, ao mesmo tempo que expande os benefícios ambientais e de segurança dos carros novos". Também em risco está o regime de exceção da Califórnia, que tem liberdade para introduzir regras específicas para as emissões. Uma situação que transformou este Estado num exemplo de consciencialização ambiental e um dos lugares mais atrativos para os veículos elétricos. Mas o responsável da EPA afirmou que isso poderá deixar de existir, pois considera que "o federalismo cooperativo não significa que um Estado pode decretar padrões para o resto do país". No entanto, o Governador da California, Edmund Brown Jr, promete lutar contra esta alteração e afirmou que "este abuso de poder cínico e espalhafatoso vai envenenar o ar e colocar em perigo a saúde de todos os americanos".