Se uma pessoa se engana numa mudança de velocidade numa transmissão manual corre o risco de partir a caixa, sobretudo quando, por engano. pretende engrenar uma quarta e reduz para uma segunda. Conheça as possíveis consequências.
Erros acontecem aos melhores e às vezes, como Jason Fenske, uma pessoa pode enganar-se numa mudança num veículo com caixa de velocidades manual. Nem todos, porém, têm a capacidade de explicar com precisão as consequências dos nossos erros como é o caso.
Num video publicado recentemente no seu canal Engineering Explained, Jason Fenske explica o que se passa por baixo do capot quando uma pessoa faz asneira e mete uma segunda velocidade quando pretendia engrenar uma quarta, tal como ele fez recentemente num evento em circuito ao volante de um Nissan Z.
Partir a caixa, para aqueles que nunca se defrontaram com esse problema, é quando um condutor tenta engrenar uma mudança acima numa caixa de velocidades manual, neste caso passar de terceira para quarta, mas, em vez disso, reduz para segunda. Se a rotação estiver muito elevada, a caixa pode partir e os custos de reparação podem ser elevados.
Fenske cometeu o seu erro em pista com volante de um Nissan Z e a consequência imediata foi que o carro tentou abrandar e a traseira fugiu. Isto faz sentido, mas a verdadeira razão para isto é que no limite de rotação do Nissan Z (6800 rpm), as rodas devem estar a uma velocidade de 105 km/h quando o carro está com a segunda velocidade engrenada, em vez dos 151 km/h da terceira.
Aumento da rotação
O erro faz aumentar o regime de rotação do motor. Como são incapazes de desacelerar instantaneamente, as rodas aumentam a rotação do motor. Isto porque para circular a 151 km/h em segunda velocidade, o motor teria de estar a funcionar às 9724 rpm, o que é mais de 40% do que o limite de rotações.
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A estas velocidades, um dos problemas reside na válvula. Isto acontece quando as molas que empurram as válvulas do motor não conseguem voltar a subir, o que pode levar as válvulas a perderem o controlo. Como consequência, o motor deixa de fazer a ignição corretamente e pode levar os pistões a baterem nas válvulas e darem origem a sérios problemas.
Felizmente, isso não sucedeu neste novo Nissan Z e Fenske pode brincar com a situação e explicar como conseguiu que não acontecesse nada.