Depois de cinco anos nas mãos da rival europeia Volkswagen, a Toyota volta a reivindicar o ceptro de maior construtor automóvel mundial, num ano em que, embora atípico, devido à pandemia de coronavírus, o fabricante japonês ainda conseguiu vender mais de 9,5 milhões de veículos.
Segundo avança a norte-americana Automotive News, a Toyota Motor Corporation terá conseguido resistir melhor aos efeitos de fábricas, concessionários, e até países, fechados, registando uma queda nas vendas de "apenas" 11 por cento, face a 2019.
Já o rival Volkswagen Group, que há cinco anos havia "roubado" o ceptro de maior grupo automóvel mundial, em termos de vendas, à Toyota, acabou caindo, na totalidade das suas marcas, cerca de 15 por cento.
Assim e enquanto o fabricante europeu terminou o ano de 2020 com um total de 9,31 milhões de carros vendidos em todo o mundo, o construtor japonês chegou ao final do mesmo ano, com 9,53 milhões de veículos transacionados.
Mesmo sem a variedade de marcas do concorrente directo, a Toyota acabou, assim, suplantando, a rival alemã, e, diga-se, com praticamente a mesma margem - cerca de 22 mil carros - que o Grupo Volkswagen havia conseguido, em 2019, de forma a manter o primeiro lugar.
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Alegria de pouca dura?
Apesar deste regresso ao "trono", a Automotive News também avança que a alegria da Toyota deverá ser de pouca dura. Isto porque, segundo refere a mesma publicação, todas as previsões relativas a 2021 apontam para que a Volkswagen recupere o ceptro, no final deste ano. Embora, com a alternância no primeiro lugar, a manter-se nos anos vindouros.
Segundo dados da empresa de estudos de mercado IHS Markit, a Toyota deverá continuar a registar um crescimento nas vendas globais até meados da presente década, acompanhando um crescimento global que se prevê que continue. Sendo que, em 2021, o principal impulsionador deste crescimento, por exemplo, no mercado americano, poderá vir a ser o Supra - único modelo, de entre a totalidade da gama do construtor japonês, a registar uma subida nas vendas.
Volkswagen mais ambiciosa
Entretanto, tanto o Volkswagen Group, como a Toyota Motor Corporation, anunciaram já planos de desenvolvimento, produção e lançamento de uma série de novos veículos elétricos e eletrificados. Ainda que, com o fabricante alemão, a mostrar-se substancialmente mais ambicioso, ao garantir publicamente que pretende chegar a 2029 com uma oferta em que 75% das propostas, serão 100% elétricos.
Ao mesmo tempo, a Volkswagen diz também pretender comercializar, lado-a-lado com este pelotão de EVs, cerca de 60 híbridos.