A icónica silhueta em cunha do Toyota Prius evoluiu e por isso a 5ª geração é hoje uma proposta tentadora e mais eletrificada graças a uma bateria capaz de ultrapassar os 68 km de autonomia elétrica
A nova geração do Toyota Prius (a quinta) será apenas comercializada na versão PHEV, tem 223 cv de potência combinada e uma autonomia elétrica que facilmente ultrapassa os 68 quilómetros.
Esteticamente a Toyota suavizou o desenho da carroçaria eliminando alguns vincos que caraterizava a silhueta da geração anterior com especial incidência na parte traseira.
O perfil está agora mais próximo de uma gota de água que é como sabemos a forma que melhor otimiza a aerodinâmica e embora não tenhamos conhecimento do valor atual do Cx ele é de certeza mais baixo que o da quarta geração que já se situava nos 0,24, um valor muito bom.
As dimensões e as proporções também mudam de forma bastante substancial sendo 4,6 centímetros mais curto, 2,2 centímetros mais largo e 0,5 centímetros mais baixos que a anterior geração. A distância entre eixos aumentou e a distância do eixo das rodas para as extremidades do carro diminuiu.
Melhores prestações, mais eficácia
O sistema híbrido é composto de um motor a gasolina de 2 litros de 151 cv e de um motor elétrico de 163 cv. Combinados geram uma potência máxima de 223 cv (a soma aritmética daria 314 cv).
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Estes valores superam em muito a potência da anterior geração que se situava nos 122 cv ao mesmo tempo que é também muito mais rápido, acelerando dos 0-100 km/h em apenas 6,7 segundos (antes era 11,1 segundos).
Apesar deste enorme incremento nas prestações a Toyota assegura que a eficiência energética é bastante superior. Para ajudar, a bateria de iões de lítio tem maior capacidade (13,6 kWh contra os anteriores 8,8 kWh) e por isso a sua autonomia elétrica é maior quer quando trabalha unicamente no modo "EV", quer quando funciona no modo híbrido ou "EV auto".
A bateria que anteriormente se encontrava alojada por baixo da mala, mudou de sítio e agora está sob o banco traseiro, uma mudança que não afeta muito a capacidade da mala como melhora a dinâmica ao contribuir para uma redução da altura do centro de gravidade.
Em opção, como até agora, existe a possibilidade de o cliente escolher o painel fotovoltaico para o tejadilho, uma solução que permite entregar energia suplementar para certos acessórios do carro como o sistema multimédia reduzindo dessa forma a solicitação de energia à bateria.
Este painel cujas células integradas no tejadilho utilizam um design inteligente que esconde os elétrodos, tornando-os impercetíveis, pode gerar 8 quilómetros de autonomia elétrica por dia, ou até mesmo carregar completamente a bateria se o carro estiver estacionado vários dias seguidos.
Interior também evoluído
O interior herda o mesmo estilo que a Toyota está a aplicar nos seus modelos mais recentes, como no modo 100 por cento elétrico do bZ4X, pelo que a instrumentação está integrada num painel de 7 polegadas situada por cima de um volante, que passou a ter um diâmetro inferior ao habitual.
O banco do condutor está agora mais baixo e o ecrã central de 12 polegadas está colocado na parte superior da consola. Por baixo dele encontra-se uma fileira de botões físicos para controlar o sistema de climatização.
No que respeita à suspensão, não há grandes alterações pelo que, quer à frente, mantém-se a estrutura MacPherson e atrás o duplo triângulo sobreposto. Este último esquema dos braços da suspensão permite um maior controlo da posição das rodas e aumenta o conforto quando comparamos esta solução com um simples eixo de torção.
Construído sobre a segunda geração da plataforma TNGA-C o Prius tornou-se estruturalmente mais competente e mais leve. Uma plataforma que contribui significativamente para uma condução mais agradável e segura independentemente do tipo de piso e do trajeto, sendo até empolgante a forma como este novo modelo aborda as curvas desde as mais lentas até às mais rápidas.
A direção é nessas circunstâncias muito direta variando a sua assistência em função dos vários modos de condução. O mesmo se passa com transmissão que mantendo o esquema de funcionamento habitual (variação contínua) deixou quase de evidenciar um certo arrastamento nas transições de regime mais rápidas.
A partir de 41 990 euros… já com IVA
Pioneiro no conceito desde a primeira geração este, modelo apresenta-se como uma das melhor soluções do seu género acessível desde os 41 990 euros (34 138 euros sem IVA) para a versão Exclusive, podendo chegar aos 49 690 euros (40 398 euros sem IVA) para a versão Premium passando pela versão intermédia Luxury proposta por 44 190 euros (35 927 euros sem IVA).