Para responder à subida dos custos de produção, a Toyota vai aumentar os preços dos veículos. O construtor japonês alega que o lucro operacional está a diminuir e nalgumas regiões como a América do Norte e a Europa chegou mesmo a registar perdas.
A Toyota está aumentar os preços dos seus automóveis para compensar os custos mais elevados, que em parte têm origem na crise de semicondutores.
No trimestre de julho a setembro, o lucro operacional da Toyota diminuiu 25% para 3,87 mil milhões de euros, enquanto a margem de lucro operacional encolheu de 9,9% para 6,1%. Além disso, as receitas líquidas caíram para 3 mil milhões de euros e enquanto o crescimento das receitas 22% para 63,8 mil milhões de euros se deveu em grande medida às taxas de câmbio favoráveis.
A América do Norte e a Europa enfrentaram dificuldades, com a primeira destas regiões a registar uma perda operacional de 172,3 milhões de euros e a última de 534,2 milhões de euros, segundo refere o Auto News.
Como resposta, a administração da Toyota decidiu aumentar os preços, mas ainda não definiu valores exatos. "Estamos a puxar pela cabeça para tentar um nível de preços adequado", afirmou Jun Nagata, diretor de comunicação da Toyota. "Temos de começar a refletir o aumento de custos no veículo o mais rapidamente possível".
Subir o mínimo possível
O porta-voz da Toyota adiantou que a marca gostaria de subir os preços o mínimo possível para ainda irem de encontro às expectativas dos consumidores. "Gostaríamos de manter a ideia geral da relação entre o preço e o veículo", sublinha Jun Nagata.
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As estimativas da Toyota apontam para a produção de 9,2 milhões de veículos no ano fiscal que termina a 31 de março de 2023. Este número está abaixo dos 9,7 milhões de veículos previstos originalmente. Esta redução deve-se sobretudo à falta de semicondutores.
"Já passamos o pior", afirma o diretor de compras do grupo Toyota, Kazunari Kumakura, acerca da crise dos semicondutores. "Dos até mil semicondutores utilizados num veículo ainda existem alguns que continuam a ser fornecidos em quantidades reduzidas. Estamos a falar com cada um dos fornecedores para identificar os riscos".