Numa altura em que se prepara para lançar a nova geração na Europa, a Toyota acaba de difundir mais informações e fotos do seu novo modelo a hidrogénio, o Mirai, naquelas que são as suas especificações para os mercados europeus. Proposta que é, também, uma forte aposta da marca nipónica, entre os veículos zero emissões, graças ao novo design, versões e maior autonomia.
Anunciando-se como uma geração que marca, inclusivamente, um corte radical com o antecessor, o novo Toyota Mirai destaca-se, desde logo, pelo facto de adoptar uma nova plataforma modular de tracção traseira, de nome GA-L, e que torna esta proposta mais comprida, mais larga e mais baixa que o anterior. Contribuindo, igualmente, para um visual exterior muito distinto.
Graças às evoluções operadas no sistema de propulsão a hidrogénio, o novo Mirai viu, igualmente, a sua potência aumentada para 184 cv, enquanto a nova bateria de iões de lítio é, não só mais densa em energia do que a anterior unidade de níquel-hidreto metálico, como também mais pequena e mais leve. Facto que, ainda assim, não impede que este Toyota consiga acelerar dos 0 aos 100 km/h em 9 segundos, ou seja, 0,6 segundos mais rápido que o antecessor, ou até mesmo atingir a velocidade máxima de 175 km/h.
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Maior autonomia, mais espaço
Referência, ainda, para o facto da Toyota ter repensado a disposição dos tanques de hidrogénio, um total de três, dispostos em 'T'. Os quais vieram aumentar a capacidade de armazenamento do veículo e, consequentemente, a autonomia, em cerca de 30%.
Segundo avança a Toyota, os tanques do Mirai passam a acomodar um total de 5,6 kg de hidrogénio, ao mesmo tempo que, graças à sua nova disposição, contribuem, de forma significativa, para um centro de gravidade mais baixo do veículo, além de uma distribuição de pesos a roçar a perfeição - 50:50.
Quanto à já referida autonomia, o modelo anuncia, agora, uma capacidade para cumprir 650 quilómetros com um só abastecimento, sendo que, uma vez esgotado todo o hidrogénio, o recarregar dos tanques não deverá demorar mais de cinco minutos.
Falando sobre as novas linhas, mais desportivas, desta segunda geração do Mirai, a marca nipónica garante, ainda, que o modelo é, não só bem mais cativante à vista, como também oferece mais espaço e habitabilidade.
Com três níveis de equipamento
Sobre a estratégia prevista para os principais mercados da Europa, a Toyota avança que o Mirai a hidrogénio será proposto com três níveis de equipamento - Mid, High e High+ -, com a versão de entrada a contabilizar já jantes em liga leve de 19", faróis dianteiros Bi-LED com máximos de accionamento automático, acesso sem chave, botão Start, sistema de infoentretenimento com ecrã de 12,3", painel de informações de 8", ar condicionado de duas com controlo remoto e bancos dianteiros aquecidos, entre outras mais-valias.
Já o nível de equipamento intermédio, High, acresce a esta lista revestimentos em pele sintética, carregamento wireless para smartphones, um Panoramic View Monitor, Alerta no Ângulo Morto, Aviso de Trânsito na Traseira, vidros traseiros escurecidos, Intelligent Clearance Sonar, volante aquecido e iluminação interior do habitáculo ajustável segundo uma palete de oito cores.
Finalmente, a versão de topo High+, destaca-se pela exibição de jantes em liga leve de 90", um tejadilho panorâmico em vidro, Head-Up Display, retrovisor traseiro com câmara, estofos em couro, ar condicionado de três zonas, bancos dianteiros e traseiros aquecidos e com ventilação, bancos traseiros ajustáveis eletronicamente, Sistema de Parqueamento Avançado, além de outras soluções.
Uma nova divisão para promoção do hidrogénio
Entretanto e a terminar, a Toyota decidiu criar, igualmente, um novo Fuel Cell Business Group para a Europa, responsável por não só supervisionar a aplicação da estratégia da companhia neste domínio, como também posicionar a Toyota na dianteira, daquilo que parece ser o interesse crescente na tecnologia de células de combustível a hidrogénio.
Baseada em Bruxelas, capital da Bélgica, e cidade onde também se encontram os decisores europeus, esta nova divisão do fabricante nipónico tem, igualmente, como propósito, tornar esta tecnologia acessível, tanto em termos de mobilidade, como para outras indústrias. Ao mesmo tempo que procurará atrair novos parceiros comerciais para este sector.