Novo Toyota Land Cruiser. Uma experiência radical

Nada melhor do que um cenário tão radical como o Atlas em Marrocos para testarmos as novas capacidades fora de estrada de um dos melhores todo-o-terreno do mercado.

O novo Land Cruiser está bastante diferente da versão anterior. Além de ser maior a sua construção tem como base uma plataforma distinta.

Fiel a uma construção robusta capaz de enfrentar as situações mais difíceis e à motorização Diesel a Toyota escolheu o Atlas em Marrocos para mostrar à imprensa as novas capacidades fora de estrada de um dos maiores ícones de todo-o-terreno. Ao percorrermos sítios onde até hoje nunca nenhum meio de transporte andou a não ser os burros que servem a população marroquina que por esses locais mais recônditos e adversos persistem em viver, podemos comprovar a forma como a nova geração do Land Cruiser com a ajuda de novas tecnologias consegue ultrapassar os obstáculos mais difíceis.

Uma evolução que começa pela forma como o aumento em 50% da rigidez do chassis e da rigidez combinada do chassis e da carroçaria (30% superior) consegue otimizar as alterações da suspensão que ao melhorar a articulação das rodas ultrapassa situações radicais com mais facilidade, nomeadamente naquelas que requerem um cruzamento de eixos maior e que exigem que eliminemos o efeito das barras estabilizadoras.

A direção elétrica é outra novidade que melhora muito a condução fora de estrada ao mesmo tempo que permite na estrada beneficiar de sistemas de ajuda à condução que não existiam na anterior geração como a manutenção de faixa. 

Qualidades únicas fora de estrada

A altura livre ao solo (215 mílimetros) embora se mantenha idêntica à anterior geração beneficia de um curso maior da suspensão que a Toyota diz situar-se nos 10%.

A redutora que tem uma desmultiplicação de 2,7:1 unida a uma nova caixa automática de oito velocidades que tem uma primeira relação muito curta permitiu-nos avançar pelos caminhos mais difíceis do Atlas sem grandes solavancos e sem castigar o conversor de binário ao ritmo de um passo humano nas descidas mais íngremes ao ponto de pensarmos estar numa montanha-russa.

A transmissão automática é nesta nova geração do Land Cruiser o único tipo de ligação entre o motor Diesel de 2.8 litros, 204 cv e 500 Nm sem qualquer tipo de ajuda elétrica e as rodas.

 Em 2025 está prevista um segundo motor Diesel com um sistema de hibridização ligeira de 48 Volts, capaz de desenvolver um binário maior e de garantir consumos e emissões mais reduzidas.

Duas  ajudas novas que apreciámos nas situações mais embaraçosas porque passamos foi a câmara que transmite para o ecrã no tablier do que se encontra debaixo da parte dianteira do veículo e o sistema que adequa o funcionamento de diversos componentes do Land Cruiser (resposta do motor, controlo de tração e da direção entre outros) de acordo com as condições do terreno. Isto para além do controlo de avanço mais lento (Crawl) com diversos níveis de atuação e do bloqueio dos diferenciais central e traseiro.

60% do preço são impostos

A edição especial de lançamento First Edition distingue-se por ter faróis redondos, acabamentos exteriores em duas cores, um desenho inspirado no Land Cruise FJ60 dos anos oitenta.

Do vasto equipamento disponível consta, entre outras coisas, a barra estabilizadora desconectável (SDM), jantes de 18 polegadas, teto solar, informação projetada no para-brisas (Head up display), espelho interior digital e um sistema de som da JBL com 14 altifalantes.

Só é pena que em Portugal, por via deste modelo pagar cerca de 60 % de impostos, o preço final ronde os 160 mil euros!