Lançado em Portugal em novembro último, então apenas com uma motorização híbrida simples, o novo Toyota C-HR ganha agora importante reforço, com a introdução de um híbrido plug-in (PHEV) com 223 cv. Mas também 66 km de autonomia elétrica e um preço inicial (pouco atraente) de 46.020€. Chega ainda em março.
Segunda geração de uma das propostas esteticamente mais radicais na oferta da Toyota, mas que e ao mesmo tempo já se afirmou como um verdadeiro "tiro na mouche" em termos comerciais, transbordando, ainda com a primeira geração, da Europa (continente para o qual foi originalmente criado) para outros mercados como o Japão ou os EUA, o C-HR, sinónimo de Coupé-High Rider soma já mais de 800 000 unidades transaccionadas, só no Velho Continente.
A contribuir para estes números, um registo comercial na ordem das 100.000 unidades por ano, com Portugal a contribuir, só último ano de comercialização (2023), com um total de 1.599 matrículas realizadas. Suficiente para, entre outras distinções, fazer da ainda primeira geração do crossover japonês o terceiro modelo mais vendido no segmento C eletrificado, o segundo de entre os C-SUV electrificados e o primeiro entre os C-SUV com motor híbrido simples.
De resto e a valorizar igualmente estes resultados, o facto de, na altura, já ser do conhecimento geral que, a caminho, estava uma nova geração, para a qual a Toyota decidiu fixar objectivos ainda maiores, com menos raio de acção: de acordo com o fabricante, o novo C-HR terá potencial para conseguir vendas anuais na ordem das 150 000 unidades, apesar de, em termos de comercialização, ser uma proposta que não sairá da Europa. Ou seja e ao contrário do antecessor, o construtor garante que, desta feita, não será comercializado noutras geografias.
Criado na e para a Europa… mesmo!
A justificar esta certeza e segundo explicou, no evento de lançamento desta segunda geração, em Marselha, França, o facto de C-HR ter sido totalmente pensado e desenvolvido no centro técnico da Toyota na Bélgica, desenhado no centro de estilo da marca em França e construído apenas e só na fábrica que o construtor possui na Turquia. Dito de outra forma, pensado, desenvolvido e construído na Europa, para os consumidores europeus.
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Foi, de resto, com estes parâmetros presentes, que a marca nipónica avançou para um novo C-HR, no qual sobressai não apenas uma estética "para quem se quer destacar", conforme descrevem os próprios responsáveis da marca nipónica, mas que também não esconde algumas semelhanças com o "revolucionário" Prius, como também e principalmente, no caso desta nesta nova versão que nos levou a França, novo sistema de propulsão híbrido de carregamento externo. Também ele e a exemplo do que acontece com a plataforma GA-C, importado do Prius!
Mais curto (-28 mm), mais largo (+37 mm) e mais alto (+9 mm) que o antecessor, o novo C-HR não deixa, ainda assim e mesmo face à berlina, por optar por algumas soluções verdadeiramente inovadoras (no modelo, pelo menos…), como é o caso da estreia da bateria de iões de lítio, já não sob os bancos traseiros (que no HEV obrigam, inclusivamente, a elevar um pouco os ocupantes dos lugares de trás), mas integrada no piso, entre os dois eixos. Garantindo, graças também aos seus 13,6 kWh de capacidade, não somente uma maior autonomia elétrica WLTP de 66 km, mas que o primeiro contacto em terras gaulesas nos deixou a sensação de poder ser maior, como também e segundo nos reconheceu o engenheiro responsável pelo projecto, a possibilidade de, no futuro, ver aumentada a sua capacidade. Nomeadamente, através da troca por uma bateria maior.
Anunciando uma autonomia total, em conjunto com o depósito de gasolina de apenas 48 litros, na ordem dos 840 km, nota, ainda, para o facto da bateria poder ser recarregada, dos 0 aos 100%, em qualquer coisa como 2h30m, se recorrendo a uma wallbox de 7.0 kW, ou então em 6h30m, no caso de ser utilizada uma vulgar tomada doméstica de 2,3 kW.
Conjugado com esta nova bateria, um trem de força composto por um 2.0 a gasolina de 152 cv e 190 Nm de binário, mais um motor elétrico, colocado sobre o eixo dianteiro, a debitar 163 cv e 208 Nm, conjugação que acaba permitindo ao C-HR PHEV assegurar não apenas uma potência combinada de 223 cv e um binário máximo de 208 Nm, como também uma aceleração dos 0 aos 100 km/h em 7.2s (2,7s mais rápido que o HEV) e uma velocidade máxima de 180 km/h (contra 175 km/h do híbrido simples). Além de e conforme pudemos comprovar neste primeiro contacto, uma óptima insonorização, a par de uma mais correcta gestão da parte da caixa de velocidades tipo CVT (já não mostra tanta tendência para "esticar" rotações) e, principalmente, consumos comedidos, na ordem dos 2,3 l/100 km (a marca anuncia 0,8-0,9 l/100 km, o que talvez seja ambicioso demais…), quando numa condução em modo híbrido. Ajudados, neste caso e igualmente, por uma convincente atuação da parte do sistema de regeneração, ao qual só há a apontar o facto da selecção de qualquer um dos três níveis de atuação, só poder ser feita com o carro imobilizado.
Quatro versões, a partir de 46 mil euros
Falando da gama, o anúncio de uma oferta específica para esta versão PHEV (diferente do HEV, portanto…) e composta por quatro níveis de equipamento, a começar numa versão 'Business', que a Toyota Portugal assume estar mais direccionada para empresas, ainda que e nem por isso, com um equipamento mais modesto. O que, diga-se, também explica os 46 020€ (37 415€ s/ IVA) que custa.
Do equipamento de série desta versão, fazem parte, entre outros, as jantes em liga leve de 18" polegadas, faróis LED, puxadores de portas recolhíveis, vidros traseiros escurecidos, bancos em tecido aquecidos, quadrante TFT de 12,3", ecrã multimédia de 8" com sistema MM21T1, volante em pele aquecido, ar condicionado automático de duas zonas, câmara auxiliar traseira, sistema Smart Entry & Start, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, Cruise Control adaptativo inteligente e alerta de ângulo morto.
De resto e com este equipamento na versão de entrada, a opção imediatamente acima na gama, de nome 'Square Collection' e com um preço de 47 890€ (38 935€ s/ IVA), pouco mais vem acrescentar que o tejadilho Night Sky (ou seja, na cor negra), ecrã multimédia de 12,3"com sistema de infoentretenimento MM21T2, sistema de navegação e carregamento sem fios para smartphones. Com o subir de mais um patamar, ou seja, a versão 'Lounge' (50 200€, ou 40 813€ s/ IVA), a representar não apenas a mudança para umas jantes de 19", como também a garantia de porão da bagageira elétrico, tejadilho panorâmico com conforto térmico, bancos em pele e tecido, ajuste elétrico e memória no banco do condutor, luz ambiente customizada e purificador de ar Nanoe-X.
Finalmente e como uma espécie de edição especial de lançamento, já que só se manterá à venda durante o primeiro ano, o 'GR Sport Premiere Edition'. O qual, com um preço de 53 090€ (43 163€ s/ IVA), é o único a dispor de jantes em liga leve de 20" 'GR Sport', tejadilho Night Sky Plus, bancos desportivos 'GR Sport', sistema de som JBL com 9 colunas e Head-Up Display. Mas também e a exemplo do que já acontece, por exemplo, no Yaris, ajuste específico da suspensão.
Chega ainda em março
Disponível com uma palete de nove cores exteriores, algumas delas e dependendo da cor da carroçaria (metalizada, por 580€M metalizada especial, por 800€), com possibilidade de tejadilho e outros painéis em negro, o C-HR PHEV conta ainda, de série, como acessórios como a protecção em borracha do piso da bagageira, kit de limpeza e desinfecção 'Car Care', cabo de carregamento Mode 2 16 amperes com 6 metros e saco para cabo de carregamento.
Tudo isto, sem esquecer a garantia Toyota Relax de 10 anos ou 200 000 km, sendo que, mesmo nos veículos usados, basta fazer uma revisão numa oficina autorizada, para que a garantia seja reactivada, pelo período que ainda falta.
As primeiras unidades do C-HR PHEV chegam a Portugal ainda durante este mês de março.