Com grande parte da produção para a Europa sediada na China, a Tesla foi agora obrigada a abrandar a entrega de carros no Velho Continente, devido a problemas no transporte. O que também deverá fazer com que, numa altura em que se preparava para entregar mais um lote de carros, acabe por não conseguir recuperar o primeiro lugar na venda de EV.
A revelação, relativamente aos problemas com o transporte de viaturas para a Europa, foi, de resto, já assumido pelo fundador e CEO da Tesla, Elon Musk, numa teleconferência com investidores, destinada à apresentação dos últimos resultados do fabricante norte-americano de carros elétricos.
Segundo Musk, "simplesmente, não havia barcos suficientes, não havia comboios suficientes, não havia sequer transportadores suficientes que transportar o último lote de viaturas, a qual acabou ficando demasiado grande em termos de número de veículos".
Ainda segundo o magnata, o problema começou com a decisão de "construir em lotes" carros para zonas específicas do globo. Enviando-os, em seguida, a todos de uma só vez e invariavelmente no último mês do trimestre.
A estratégia, entretanto implementada, nunca foi, no entanto, convenientemente explicada pelos responsáveis da Tesla, embora seja possível depreender que terá a ver com ajustes a fazer na linha de produção, específicos para cada zona do globo, e que, desta forma, resultarão numa maior eficácia.
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Ao mesmo tempo, a medida também acabou contribuindo para o surgimento de notícias mais positivas, relacionadas com a marca, desde logo, pelo facto de permitir que esta subisse à liderança da tabela de vendas, sempre que, por exemplo, os mercados europeus recebiam um lote de carros para entrega a clientes.
No entanto e perante o problema agora surgido com o transporte, a Tesla estará já a reduzir a velocidade da produção a cada trimestre, de forma atenuar a pressão sobre a fase de entregas. Com o director financeiro Zachary Kirkhorn a assumir que "esperamos que esta medida acabe simplificando as operações, reduza custos e melhore a experiência dos nossos clientes".
Europa perde rapidez na entrega, mas ganha cores
Entretanto e também na Europa, a Tesla acaba de anunciar a disponibilização, em breve, de duas novas cores multicamadas, apenas para as versões Performance e Long Range do Model Y, produzido na Gigafactory de Berlim. O qual, recorde-se, é comercializado somente nos mercados do Velho Continente e do Médio Oriente.
Denominadas 'Quicksilver' e 'Midnight Cherry Red', estas duas novas tonalidades são feitas a partir de "tinta metálica altamente pigmentada e projectada para mudar de tom consoante o ângulo de visão e a luz", explica a Tesla em comunicado.
Quanto a preços, estas novas cores estão já disponíveis, para encomenda, no site da Tesla Alemanha, com o 'Quicksilver' a custar 3.000€, ao passo que o 'Midnight Cherry Red' é proposto por 3.200€.