A impressionante capacidade de aceleração do desportivo elétrico americano parece ter causado mossa no Sr. Christian... mas ele já prepara a resposta. A Koenigsegg passou o último ano a "divertir-se" à conta da Bugatti, chacinando os recordes conquistados pelos franceses. No entanto, agora parece estar preocupada com outro rival, já que a anunciada segunda geração do Roadster da Tesla promete ser um osso muito duro de roer. Tudo porque o anúncio deste modelo veio abalar a estratégia que tinha sido delineada pelos suecos para continuar a liderar no campo dos superdesportivos. Foi o próprio fundador e proprietário da marca, Christian von Koenigsegg, a explicar essa situação à TopGear inglesa, afirmando estar frustrado. Ele refere que a empresa "tinha o futuro delineado, e depois ouvimos falar do Tesla Roadster e dos seus insanos números de aceleração e pensámos 'Bolas, isso coloca um novo desafio.' ". Porque, para o fabricante nórdico, os 1,9 segundos anunciados dos 0 aos 96 km/h são verdadeiramente alucinantes, tendo em conta as características para um superdesportivo elétrico. "Ele [Tesla Roadster] deve ser muito pesado, mas este tipo de aceleração? É frustrante", concluiu o Sr. Koenigsegg. O dono da empresa que tem o carro mais veloz do mundo diz que quando ouviram falar destes valores, até eles ficaram com dúvidas. Mas depois foram avaliar se os números seriam alcançáveis e chegaram à conclusão que seria efetivamente possível. Mas isso não veio desmoralizar a Koenigsegg, serviu antes para espicaçar os seus engenheiros a superar a fasquia que agora foi colocada num nível mais alto. E já pensam numa solução, que irá combinar a hidridização com a tecnologia dos motores de pistões sem cames da marca (freevalve engine technology) numa nova configuração. E também a Koenigsegg promete conseguir assim valores insanos, onde se incluem a capacidade para chegar aos 400 km/h em apenas 14 segundos. E se isto lhe parece muito, Christian von Koenigsegg promete muito mais, explicando que acredita que os seus motores de combustão ainda têm muito potencial para explorar. O que não deixa de ser muito interessante, pois Elon Musk disse na apresentação do Roadster que o objetivo passa precisamente por "esmagar os motores de combustão". Mas os suecos dizem que ainda estão apenas numa fase inicial de tudo aquilo que pode ser atingido... se ignorarem quanto combustível o carro vai gastar. "Aqui está um exemplo: imaginemos que esquecemos os consumos - temos uma taxa de compressão relativamente alta para o nosso V8 Turbo - 9,5 para 1 com 1,6 Bar de 'boost'. Se descermos isso até 8,8 para 1 com 'boost' de 2,2 Bar, são mais 600cv vindos do nada, sem colocar mais esforço no motor porque o pico de pressão não sobe".