Numa altura em que a Gigafactory de Berlim ainda está por concluir, a Tesla tomou já a decisão de satisfazer as inúmeras encomendas dos seus clientes europeus, relativamente ao Model 3, com unidades provenientes, não dos EUA, mas da China. E já a partir deste mês.
A decisão decorre da elevada procura que o Tesla Model 3 tem vindo a registar na Europa, com a marca norte-americana a registar dificuldades em satisfazer todos os pedidos, dentro de um período de tempo razoável.
Perante esta situação, a Tesla terá já decidido passar a importar unidades do modelo, da sua fábrica em Xangai, na China. Unidade que, aliás, começou a operar em 2019, tornando-se na primeira fábrica da Tesla, fora dos EUA.
Entretanto e para o ano em curso, a fábrica chinesa tem previsto produzir um total de 150 mil carros. Embora e para além do Model 3, desta contagem passe a fazer ainda parte, o novo SUV Model Y.
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Em declarações à Reuters, a Tesla veio já justificar a sua decisão, defendendo que, "os apoios do governo chinês à indústria, o crescimento no número de empresas na área da inovação, mas também a forma como a sociedade chinesa tem vindo a assimilar as novas tecnologias, fazem da China o melhor mercado no mundo para os veículos elétricos inteligentes".
Recorde-se que a marca norte-americana vendeu, só na China e durante o último mês de setembro, mais de 11 mil unidades do Model 3. Isto, resultado também dos recentes upgrades feitos no modelo, não só em termos estilísticos, como também nas autonomias. Como é o caso a versão Long Range Dual Motor, que viu a sua autonomia aumentada em cerca de 50 quilómetros.
De salientar, ainda, que, segundo informações reveladas por fonte conhecedora do processo, a nova decisão estratégica da Tesla passa por passar a exportar o Model 3 produzido na China, não apenas para a Europa, com também para outras latitudes, como Singapura, Austrália e Nova Zelândia.