Aguarda a entrega de um Tesla? O mais certo é que tenha de esperar…

Resultado do ataque a navios no Mar Vermelho, a Tesla vai promover a interrupção da produção na Gigafactory de Berlim, confirmou a TURBO.

Se está à espera do seu Tesla novinho em folha, saiba que o mais certo é que tenha de esperar mais do que o previsto. Segundo a marca, os problemas de abastecimento de componentes oriundos da Ásia determinaram já a interrupção da produção na Gigafactory alemã de Berlim-Brandenburg, ainda que e segundo garantiu à TURBO uma fonte da Tesla, "estamos a trabalhar para garantir um impacto mínimo no prazo de entrega".

Numa altura em que o transporte marítimo sofre fortes perturbações no Mar Vermelho, devido a uma série de ataques feitos a partir do Iémen, por rebeldes Houthis, a navios mercantes, como resposta à ofensiva militar que Israel está a fazer na Faixa de Gaza, fabricantes automóveis como a norte-americana Tesla vêem-se a braços com problemas no abastecimento de componentes. E, mais precisamente, componentes que têm origem no Oriente.

No caso do fabricante sediado em Austin, nos EUA, o problema foi, de resto, já oficialmente reconhecido, com a Tesla a assumir, inclusivamente, que "os conflitos armados no Mar Vermelho e as mudanças associadas nas rotas de transporte, entre a Europa e a Ásia, através do Cabo da Boa Esperança, também estão a ter um impacto na produção em Gruenheide", perto de Berlim, na Alemanha.

Contactada pela TURBO, a empresa revelou que este impacto tem resultado em "tempos de transporte consideravelmente mais longos", os quais "estão a criar uma lacuna nas cadeias de abastecimento" e que já obrigaram, inclusivamente, a "suspender a produção de veículos na Gigafactory Berlin-Brandenburg, entre 29 de janeiro e 11 de fevereiro".

LEIA TAMBÉM
Na Alemanha. Tesla assume valor dos apoios à compra de elétricos

Desta forma e ainda de acordo com declarações do mesmo porta-voz, as expectativas são agora de que a produção seja "totalmente retomada em 12 de fevereiro", já que, "estamos a trabalhar para garantir um impacto mínimo no prazo de entrega [dos veículos] aos clientes e não esperamos problemas significativos".

Analistas subscrevem impacto

Entretanto, analistas do sector automóvel vieram já confirmar o impacto que os ataque levados a cabo por militantes Houthi, apoiados pelo Irão, contra os navios comerciais que passam no Mar Vermelho, poderão vir a causar à produção automóvel na Europa. A qual, em grande parte dependente de componentes fabricados no Oriente, vê-se agora a braços com novas dificuldades na cadeia de abastecimento.

"Contar com tantos componentes-chave da Ásia, e especificamente da China, tem sido um ponto fraco em potência na cadeia de fornecimento de qualquer fabricante", comentou, em declarações à agência noticiosa Reuters, o vice-presidente da AutoForecast Solutions, Sam Fiorani.

Tesla Gigafactory Berlim
Tesla Gigafactory Berlim

Segundo este responsável, "a Tesla depende fortemente da China para os componentes das baterias, que precisam de ser transportados para a Europa através do Mar Vermelho", o que, por sua vez, acaba "colocando a produção constantemente em risco".

Contudo, "não é possível acreditar que a Tesla seja a única a viver esta situação", afirma Fiorani, defendendo que, "são apenas os primeiros a refletir sobre o tema."

Se está à espera do seu Tesla novinho em folha, saiba que o mais certo é que tenha de esperar mais do que o previsto. Segundo a marca, os problemas de abastecimento de componentes oriundos da Ásia determinaram já a interrupção da produção na Gigafactory alemã de Berlim-Brandenburg, ainda que e segundo garantiu à TURBO uma fonte da Tesla, "estamos a trabalhar para garantir um impacto mínimo no prazo de entrega".

Numa altura em que o transporte marítimo sofre fortes perturbações no Mar Vermelho, devido a uma série de ataques feitos a partir do Iémen, por rebeldes Houthis, a navios mercantes, como resposta à ofensiva militar que Israel está a fazer na Faixa de Gaza, fabricantes automóveis como a norte-americana Tesla vêem-se a braços com problemas no abastecimento de componentes. E, mais precisamente, componentes que têm origem no Oriente.

No caso do fabricante sediado em Austin, nos EUA, o problema foi, de resto, já oficialmente reconhecido, com a Tesla a assumir, inclusivamente, que "os conflitos armados no Mar Vermelho e as mudanças associadas nas rotas de transporte, entre a Europa e a Ásia, através do Cabo da Boa Esperança, também estão a ter um impacto na produção em Gruenheide", perto de Berlim, na Alemanha.

Contactada pela TURBO, a empresa revelou que este impacto tem resultado em "tempos de transporte consideravelmente mais longos", os quais "estão a criar uma lacuna nas cadeias de abastecimento" e que já obrigaram, inclusivamente, a "suspender a produção de veículos na Gigafactory Berlin-Brandenburg, entre 29 de janeiro e 11 de fevereiro".

LEIA TAMBÉM
Na Alemanha. Tesla assume valor dos apoios à compra de elétricos

Desta forma e ainda de acordo com declarações do mesmo porta-voz, as expectativas são agora de que a produção seja "totalmente retomada em 12 de fevereiro", já que, "estamos a trabalhar para garantir um impacto mínimo no prazo de entrega [dos veículos] aos clientes e não esperamos problemas significativos".

Analistas subscrevem impacto

Entretanto, analistas do sector automóvel vieram já confirmar o impacto que os ataque levados a cabo por militantes Houthi, apoiados pelo Irão, contra os navios comerciais que passam no Mar Vermelho, poderão vir a causar à produção automóvel na Europa. A qual, em grande parte dependente de componentes fabricados no Oriente, vê-se agora a braços com novas dificuldades na cadeia de abastecimento.

"Contar com tantos componentes-chave da Ásia, e especificamente da China, tem sido um ponto fraco em potência na cadeia de fornecimento de qualquer fabricante", comentou, em declarações à agência noticiosa Reuters, o vice-presidente da AutoForecast Solutions, Sam Fiorani.

Tesla Gigafactory Berlim
Tesla Gigafactory Berlim

Segundo este responsável, "a Tesla depende fortemente da China para os componentes das baterias, que precisam de ser transportados para a Europa através do Mar Vermelho", o que, por sua vez, acaba "colocando a produção constantemente em risco".

Contudo, "não é possível acreditar que a Tesla seja a única a viver esta situação", afirma Fiorani, defendendo que, "são apenas os primeiros a refletir sobre o tema."