Até aqui utilizando soluções desenvolvidas em conjunto com outras empresas, a Tesla acaba de apresentar as suas células de bateria para o futuro. As quais, desenvolvidas exclusivamente pela marca norte-americana, prometem não só reduzir substancialmente os custos de produção, mas também aumentar a autonomia dos seus modelos.
Desvendadas no chamado Dia da Bateria, as novas baterias da Tesla, apresentadas por Elon Musk, destacam-se, em termos técnicos, pelo facto de não possuírem a guia da célula da bateria. Componente que tradicionalmente faz a ligação entre a célula e o elemento a que está a fornecer energia.
Mesmo sem esta guia, as novas células, garante a Tesla, conseguem aumentar em cinco vezes a sua capacidade, são seis vezes mais potentes, além de conseguirem aumentar em 16% a autonomia anunciada pelas soluções atuais.
Baptizadas de '4680', numa referência às medidas que apresentam, 46 mm por 80 mm, as novas células de bateria são maiores que as atualmente utilizadas pela marca norte-americana, o que, garante Musk, contribuirá para uma redução de 14 por cento no custo por kWh. Até porque e desde logo, serão fabricadas pela própria Tesla.
Conforme recorda o The Verge, tanto o Model 3, como o Model Y, utilizam células '2710' produzidas pela Panasonic na Gigafactory da Tesla, no Nevada, EUA. Sendo que, neste momento, o construtor americano também recebe baterias da chinesa CATL, da sul-coreana LG Chem, e outras.
LEIA TAMBÉM
Garantia de Musk. Tesla Roadster vai passar por Nürburgring já em 2021
Entretanto, por conhecer, continua, ainda, a data a partir da qual a Tesla começará a produzir as novas células, assim como os modelos onde primeiramente serão aplicadas.
Depois do Model S Plaid
Recorde-se que a apresentação das novas células de bateria acontece dias depois da apresentação da mais recente versão do Model S, o Model S Plaid, a anunciar não somente 1.115 cv de potência, mas também uma autonomia acima dos 836 quilómetros.
Entretanto, a Tesla também já confirmou a intenção de lançar um modelo elétrico com um preço a rondar os 25 mil dólares, qualquer coisa como 21.300 euros, nos próximos três anos.