A Waymo, responsável pelas investigações às viagens não tripuladas no gigante informático, está desde hoje a transportar passageiros. Os primeiros táxis autónomos Google estão a operar nos arredores da cidade de Phoenix Os veículos para transportes de passageiros sem um condutor são considerados uma grande solução de mobilidade para o futuro e as empresas, tanto do sector automóvel como da informática e cibernética, estão a procurar assumir posições de liderança neste mercado. E agora a Google, através da Waymo, deu um passo de gigante para esse posicionamento, iniciando o transporte de passageiros a bordo dos seus veículos não-tripulados. Os táxis autónomos Google estão a circular nos subúrbios de Phoenix, Estados Unidos, aproveitando o conhecimento obtido ao longo do projeto de investigação que aqui decorre desde 2016. É ao longo de 100km de estradas, num perímetro que engloba Chandler, Mesa, Tempe e Gilbert, que os clientes podem já reservar os seus táxis autónomos Google. Para chamar os automóveis em questão, os Chrysler Pacifica Hybrid, é necessário usar uma App, à imagem do que acontece de empresas como a Uber ou a Lyft. E, para convencer os que já acedem a estas plataformas, os preços praticados são similares aos das empresas aqui referidas. Embora a maior parte da interação dos clientes seja feita através dos touchscreens colocados nas costas dos bancos dianteiros, continua a estar presente nos táxis autónomos Google um condutor humano, que apenas intervirá em situações de emergência. A introdução deste serviço representa um importante passo para a Google, que desde 2009 investiga a condução autónoma. Algo que já lhe permitiu recolher dados de 16 milhões de quilómetros em 25 cidades americanas, num projeto que já terá recebido um investimento próximo de mil milhões de dólares. Mas, apesar do lançamento desta nova fase, ainda há um longo percurso para fazer até que estas plataformas de viagens não tripuladas sejam uma alternativa viável. Isso mesmo comprovou a Reuters, que na passada semana testou o serviço, concluindo que o tempo de viagem ainda é consideravelmente superior ao dos condutores humanos. Algo para que contribuíram algumas hesitações, como travar desnecessariamente por não reconhecer que uma pessoa que esteja próxima de uma passadeira possa não estar a pensar em atravessar a estrada. Algo que um humano distingue com naturalidade, na maior parte dos casos, pelo comportamento adoptado pelos peões. Além disso, a forma como antecipava a chegada a sinais ou lombas também contribuíram para esse tempo superior que este táxi não-tripulado demorou a completar a viagem.