Tata afasta-se da imagem low-cost com a "Tamo"

O objetivo da nova divisão da marca indiana é dissipar a imagem de que a Tata apenas produz automóveis low-cost. A Tata prepara-se para desvendar uma nova aposta no Salão de Genebra, levando a este palco o primeiro concept da sua nova divisão Tamo. Criada para dissipar a imagem de que o fabricante indiano apenas produz automóveis low-cost, a Tamo vai dar a conhecer em solo helvético o protótipo de um desportivo de dois lugares com motor em posição central, que derivará numa versão de produção limitada a apenas 250 exemplares. Prevendo começar a entregar estes automóveis já no próximo ano fiscal indiano, a Tata Tamo vai ter uma produção totalmente independente dos restantes modelos da marca indiana, utilizando novos chassis e componentes. De momento não está confirmada a comercialização fora do mercado indiano, mas é seguro que os modelos da Tamo serão sempre feitos em séries limitadas e sem representar investimentos muito avultados, com a empresa a ser gerida quase como se fosse uma start-up. Para implementar esta filosofia distinta, a nova divisão do fabricante indiano também vai procurar atrair especialistas de fora da indústria automóvel, reforçando o seu foco no desenvolvimento de novas tecnologias e a formação de parcerias para novos conceitos de transporte. A própria Tata vai sofrer alterações, procurando reduzir a complexidade da sua produção como forma de potenciar os lucros. Para tal, as atuais seis plataformas utilizadas vão ser progressivamente substituídas por duas novas estruturas, já preparadas para motorizações híbridas e elétricas e também modulares para permitirem a produção de diversas carroçarias, desde compactos a crossovers e SUVS. Permitindo expandir o portefólio de produtos para atrair mais clientes, a marca pretende assim afastar-se dos mais tradicionais sedans, descontinuando progressivamente os modelos da atual gama enquanto surgem as novas propostas com base nestas duas plataformas modulares. A Tata indicou ainda que vai procurar rever e reduzir o atual número de fornecedores com que trabalha.