Na sequência de uma notícia de um jornal italiano, o presidente da Stellantis veio desmentir rumores acerca de uma eventual fusão com a Renault para fazer face às importações chinesas, afirmando que isso não está em cima da mesa.
O CEO da Stellantis Carlos Tavares deu a entender que para resistir á entrada das marcas chinesas, os construtores europeus devem reforçar-se e procurar entendimentos, além de aproveitarem as oportunidades que podem surgir. E deu como exemplo o caso da estratégia da Renault. Pouco depois, um jornal italiano referia que o Grupo Stellantis estava tentar juntar forças com a Renault.
Se a operação fosse por diante, a nova empresa teria uma dimensão colossal no mercado automóvel e as sinergias daí resultantes poderiam permitir às marcas baixar os custos, colocando-as em melhor posição para enfrentarem a invasão chinesa nas estradas europeias.
Contudo, o presidente da Stellantis, John Elkann - neto do lendário fundador da Fiat Gianni Agnelli - veio por tudo em pratos limpos, afirmando que esses rumores não são verdadeiros.
Compromisso de longo prazo
"Não existem nenhum plano relativo a operações de fusão com outros construtores", afirmou John Elkann num comunicado citado pela Reuters, assegurando que a Stellantis mantém o compromisso com os seus planos de longo prazo.
O rumor mais recente surgiu no jornal italiano Il Messaggero, dando conta que o Governo francês - o maior acionista da Renault e que também tem alguma participação na Stellantis - estava a estudar a ideia der uma fusão entre os dois grupos. Isto após os comentários recentes do CEO da Stellantis, Carlos Tavares, que esteve na Renault durante muito tempo, acerca de hipotéticas fusões, o que levou alguns observadores a pensarem que se tratava de uma possível fusão.
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A Renault ficou enfraquecida com a saída do mercado da Rússia e a diminuição dos laços com a Nissan, tornam-na num alvo apetecível. Mas alguns analistas disseram à Reuters que poderia não fazer muito sentido uma fusão entre a Renault e a Stellantis porque isso só iria aumentar o excesso de capacidade na Europa.