A fábrica de Mangualde da Stellantis irá produzir um veículo comercial ligeiro elétrico a bateria em colaboração com o Instituto Politécnico de Coimbra. O investimento total do projeto é de 60 milhões de euros e contará com o envolvimento de 38 entidades.
A Stellantis de Mangualde e o Instituto Politécnico de Coimbra anunciaram um acordo para a produção de um veículo comercial ligeiro a bateria, até 2025.
Com investimento previsto de 60 milhões de euros, o contrato de consórcio insere-se no âmbito da agenda mobilizadora "GreenAuto: Green innovation for the Automotive Industry" do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em declarações à agência Lusa, Marta Henriques, diretora do Instituto de Investigação Aplicada do Politécnico de Coimbra, afirmou que o "principal objetivo da assinatura do contrato consiste em transformar o setor automóvel nacional no âmbito da transição para veículos de baixas emissões, criando condições para iniciar a produção de um novo veículo comercial ligeiro elétrico, a bateria, até 2025".
O investimento elegível para Instituto Politécnico de Coimbra é de aproximadamente 610 mil euros. O projeto também tem o objetivo de "congregar os interesses e meios e concertar as atividades e capacidades complementares das partes", com vista à execução de investimentos no contexto da agenda mobilizadora, segundo adiantou a responsável do Politécnico de Coimbra.
Consórcio com 38 entidades
O consórcio desta agenda mobilizadora é liderado pela Stellantis e integra 38 entidades. No início de julho, durante o aniversário dos 60 anos da fábrica de Mangualde, o presidente executivo da Stellantis, Carlos Tavares, anunciou a produção de um veículo elétrico naquela unidade industrial.
O presidente da Stellantis referiu na altura que ainda estava em aberto a data em que iria ser executado o programa. "Ainda há muitas incógnitas acerca da velocidade a que as vendas e a procura dos veículos elétricos vão crescer", sublinhou Carlos Tavares.
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No âmbito do programa de eletrificação da Stellantis e da redução das emissões de frota, as versões de passageiros dos comerciais ligeiros compactos e médios das marcas Citroën, Opel e Peugeot deixaram de estar disponíveis com motorizações de combustão, sendo comercializadas apenas nas versões elétricas a bateria (BEV).