À atenção dos rivais. Stellantis admite abrir mão das marcas que dão prejuízo

A Stellantis admite vender algumas marcas que não consigam ser rentáveis, como forma de contrariar a recente queda nos lucros.

A Stellantis admitiu, através do seu CEO, o português Carlos Tavares, a possibilidade de vir a desfazer-se de algumas das suas marcas que, num futuro próximo, não consigam ser rentáveis. No entanto, também há outras que parecem estar, desde já, a salvo...

Após a queda de 48% dos lucros nos primeiros 6 meses de 2024, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, assumiu a possibilidade da Stellantis poder vir a vender marcas que não são rentáveis para a empresa.

Carlos Tavares, CEO da Stellantis
Carlos Tavares, CEO da Stellantis

De acordo com a Automotive News Europe, Carlos Tavares defendeu que todas as marcas têm a sua devida importância. Contudo, caso não consigam ser rentáveis, certas decisões terão de ser tomadas.

Ainda de acordo com o gestor português, embora marcas como a Peugeot e Fiat possam estar a salvo, devido à sua rentabilidade, emblemas como a Maserati, Lancia ou DS, a atravessarem fases de menor fulgor, também financeira, poderão vir a fechar portas e ser vendidas, caso não consigam tornar-se lucrativas.

O gigante automóvel sentiu a maior quebra de resultados nos Estados Unidos, com um decréscimo das vendas em 18%.

LEIA TAMBÉM
Itália pode oferecer marcas da Stellantis aos chineses

A diretora financeira Natalie Knight garantiu estar a tomar decisões com a máxima urgência possível, incluíndo a redução de produção e a correção dos preços de alguns modelos.

Natalie Knight assegurou que a Stellantis se prepara, entretanto, para lançar até 20 novos modelos, entre eles, a nova RAM 1500, as novas carrinhas da Peugeot, Citroen, Opel e Fiat, e o já conhecido Peugeot 3008, o primeiro carro da Stellantis baseado na nova plataforma STLA Medium. A qual tanto pode receber motores elétricos, como a combustão.

Na segunda metade do ano, a Stellantis vai começar a vender carros elétricos chineses, ao abrigo da nova parceria com a LeapMotor. Isto, após ter adquirido, em outubro de 2023, 1.5 mil milhões de euros de ações da empresa chinesa, tornando-se, assim, uma das accionistas.