O caso começa a ganhar contornos muito preocupantes: depois de vários outros construtores automóveis, também o grupo Stellantis acaba de ser obrigado a interromper a produção nas fábricas da PSA, Opel e Fiat, na Europa. Motivo? A escassez de semicondutores, vulgo, chips.
A notícia é avançada pela Automotive News Europe, acrescentando que a produção da Stellantis permanecerá parada, durante esta semana, na fábrica da PSA em Rennes, França, assim como na fábrica de comerciais ligeiros SevelSud, da Fiat, em Itália, devido a problemas no fornecimento de chips.
Segundo as informações prestadas, à publicação, por um porta-voz da Stellantis, a fábrica de Rennes, onde são fabricados modelos Peugeot e Citroën, sofreu já interrupções, na produção, durante a última semana, o mesmo acontecendo com a fábrica da Sochaux, também em França, e a fábrica da Opel em Eisenach, Alemanha.
Entretanto, a linha de produção de Sochaux acabou por não reiniciar a produção esta segunda-feira, enquanto Eisenach manter-se-á parada esta segunda e terça-feira, acrescenta o mesmo porta-voz.
Recorde-se que, com o aumento do peso tecnológico nos automóveis, o sector acabou por entrar em competição directa com a indústria de electrónica, no consumo de semicondutores, ou chips. E que já havia sofrido fortemente no fornecimento, em resultado da pandemia de COVID-19.
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Fruto desta situação, construtores automóveis como a Toyota, a Volvo, a Renault, a Mercedes-Benz ou a Volkswagen - neste caso, também na fábrica da Autoeuropa -, foram já obrigados, a exemplo da Stellantis, a reduzir significativamente as suas capacidades de produção, por falta de chips.
Aliás, alguns responsáveis destes marcas, já assumiram que o problema poderá prolongar-se para 2022, condicionando a satisfação das encomendas feitas por clientes.