O grupo automóvel Stellantis anunciou a celebração de um acordo com um dos maiores fabricantes chineses de baterias, a CATL, com vista à produção conjunta de baterias, para veículos elétricos citadinos e utilitários "acessíveis", a comercializar na Europa. O mais tardar, até 2030.
Segundo anuncia, em comunicado, o grupo automóvel franco-ítalo-americano, este novo Memorando de Entendimento (MoU) visa o fornecimento na Europa de "células e módulos de bateria LFP", com vista ao impulsionamento da "produção de veículos elétricos da Stellantis" neste continente.
Estes veículos, que o fabricante também qualifica como "duráveis e acessíveis", poderão ser "automóveis de passageiros, crossovers e SUV", e destinam-se, especificamente, aos "segmentos B e C", pode ler-se no comunicado.
De resto e ainda com objectivo de "apoiar, ainda mais, a estratégia agressiva de eletrificação da Stellantis, as duas empresas também estão a considerar a formação de uma joint-venture com investimentos equivalentes", acrescenta o grupo automóvel.
"Este MoU com a CATL sobre a química das baterias LFP é outro ingrediente na nossa estratégia de longo prazo para proteger a liberdade de mobilidade da classe média europeia", afirma o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, recordando que, "a CATL é líder da indústria neste setor e, juntamente com as nossas marcas emblemáticas de veículos, traremos uma tecnologia de baterias inovadora e acessível para os nossos clientes, o que nos ajudará a alcançar a ambição de nos tornarmos neutros em carbono até 2038."
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Já da parte da CATL, o Chairman e General Manager da CATL, Robin Zeng, afirmou-se "muito grato por elevar a nossa cooperação com a Stellantis para um novo patamar", acreditando que "a parceria será um passo decisivo para ambas as partes no percurso rumo à neutralização das emissões de carbono".
Recorde-se que a Stellantis tem a decorrer um plano estratégico, a que deu o nome de 'Dare Forward 2030', com o qual pretende alcançar os 100% das vendas de veículos elétricos a bateria (BEV) nos automóveis de passageiros, na Europa, e 50% nas vendas de automóveis de passageiros e de veículos pesados ligeiros, nos EUA, até 2030.
Em 2038, o grupo automóvel espera já ser uma empresa com emissões zero de carbono.