Intitulada 'Let´s Explore', a Skoda apresentou, esta segunda-feira, em Lisboa, aquela que é a sua nova estratégia de mobilidade e transformação, materializada, desde logo, em seis elétricos novos ou renovados, a lançar até 2026. Opção que, no entanto, não significa o fim do Diesel... ou até mesmo a aposta no e-Fuel.
A apresentação desta nova etapa na vida da marca centenária fundada em Mlada Boleslav, na República Checa, esteve a cargo do responsável pelo Marketing de Produtos da Skoda Auto, Björn Kröll, que, presente no evento que teve lugar em Lisboa e que serviu, igualmente, para assinalar a chegada do Enyaq iV Coupé ao nosso mercado, explicou não só a transformação por que passa o construtor que hoje em dia pertence ao Grupo Volkswagen, como também a ofensiva de produtos - elétricos - que aí vem.
Assim e começando por aquilo que pretende ser a transformação da própria marca checa, o anúncio de um compromisso cada vez maior com a sustentabilidade, não só nos automóveis, como nas cadeias de abastecimento e produção, através do recurso a energia e materiais recicláveis. Com o concept Vision 7S, que servirá de base a um dos futuros modelos EV a surgir, a assumir-se como o exemplo a seguir.
De resto, é este estudo que vem, igualmente, antever a nova linguagem de design a que a Skoda deu o nome de 'Modern Solid' e cujas principais características passam por uma reinterpretação daquelas que são as referências tradicionais do fabricante, adicionando-lhe linhas mais aerodinâmicas. Além de e já no habitáculo, mais espaço, funcionalidade, intuitividade e contemporaneidade.
Os elétricos que aí vêm
Já com base nestas premissas, o anúncio de quatro novos modelos 100% elétricos, mais duas atualizações da atual família Enyaq, a lançar até 2026, com as maiores novidades a começarem em 2024, com a apresentação do Elroq. Basicamente, um SUV compacto com cerca de 4,5 m de comprimento, que se anuncia como um familiar versátil, para utilização tanto no ambiente urbano, como no fora de estrada, sendo, dessa forma, também uma alternativa ao atual Skoda Karoq.
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Para 2025, o grosso dos novos modelos, com a chegada não só das atualizações da gama Enyaq, SUV e SUV-Coupé, mas, principalmente, do EV conhecido, para já, apenas como 'Small', ou 'Pequeno'. E que, segundo revelou Björn Kröll, será o elétrico Skoda dos 25 mil euros (onde é que nós já ouvimos isto?...), com pouco mais de 4,1 metros de comprimento, mas também uma capacidade de bagageira de 450 litros! O que será uma referência no segmento.
Finalmente e já em 2026, a chegada daquela que será a primeira carrinha 100% elétrica na história da Skoda, que, graças também aos seus 4,7 metros, a marca descreve como a proposta "ideal", tanto para famílias, como para frotas. E a que se seguirá o sexto e último EV, para já conhecido apenas como 'Space' ('Espaço', em português...), que, segundo Kröll, será uma espécie de versão de produção do Vision 7S.
Posicionado como o futuro novo SUV de topo na gama da Skoda, o 'Space' rondará os 4,9 metros de comprimento, num corpo que será também o pináculo da nova linguagem de design Modern Solid. Tudo isto com um interior especialmente espaçoso e flexível, além da possibilidade de oferecer cinco ou sete lugares.
Diesel é para continuar!...
No entanto e apesar desta forte aposta na Mobilidade Elétrica, desengane-se quem possa pensar que a Skoda está já a fazer as malas à combustão. Ou até mesmo ao Diesel, pois e segundo também assegurou o director Marketing de Produtos da Skoda Auto, estas são todas soluções a manter, durante o maior tempo possível.
Defendendo que o foco da Skoda estará sempre "na necessidades dos clientes, em todos os mercados", Björn Kröll garante que, os motores de combustão vão continuar a fazer parte da oferta da marca checa. E não apenas os blocos a gasolina, mas também os Diesel, os Mild-Hybrid ("de 48V", precisou...) e os híbridos plug-in (PHEV), sendo que, a marca checa, promete continuar a investir na sua evolução.
Quanto ao hoje em dia muito debatido tema dos combustíveis sintéticos, ou e-Fuel, Kröll mostrou-se bem menos confiante, não somente por, nos dias que correm, não terem ainda qualquer peso, em qualquer um dos mercado europeu - "E a Skoda sempre foi uma empresa sólida...", recordou -, mas também por ser algo que tem sido impulsionado, maioritariamente, por um grupo restrito de países - "Alemanha, Itália, República Checa... não sei se também Portugal.
Assim e da parte da Skoda, a garantia, apenas, de que "vamos continuar a manter uma grande flexibilidade em termos de produtos, procurando, ao mesmo tempo, conter a subida dos custos".