Scuderia Cameron Glickenhaus 007 - Categoria especial

Para levar até Le Mans, ganhar a corrida e regressar à garagem. É este o sonho da Glickenhaus, a marca criada pelo realizador de cinema com o mesmo nome, e que vai participar em Le Mans para o ano

Para levar até Le Mans, ganhar a corrida e regressar à garagem. É este o sonho da Glickenhaus, a marca criada pelo realizador de cinema com o mesmo nome, e que vai participar em Le Mans para o ano.

A nova categoria dos hipercarros prevista para o topo do campeonato de endurance de 2020 já começou a surtir o desejado efeito de atrair construtores. É aqui mesmo que entra este Scuderia Cameron Glickenhaus 007, imaginado para ser conduzido até Le Mans, ganhar a corrida e depois vir embora para a garagem. Para isso, todo ele está compatível com os novos regulamentos do ACO e da FIA, com vista à categoria de hipercarros LMP1 que, segundo os organizadores, englobará máquinas das classes híperdesportivos, superdesportivos, GT de luxo e concepts.

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Uma das principais diferenças entre os carros desta nova categoria e os atuais protótipos está no facto de poderem assumir design identificativo do modelo, em vez de serem todos "normalizados" pelo túnel de vento. Tal como a Glickenhaus, marca concebida e administrada pelo ex-realizador de cinema James Glickenhaus, também a Toyota, a BMW, a Ford, a Aston Martin, a Ferrari e a McLaren ponderam alinhar na nova classe.

Os novos regulamentos são tão flexíveis quanto às carroçarias como o são quanto a motores. Por este facto, o SCG 007 deverá utilizar um V8 de origem Chevrolet, idêntico ao do Ginetta da categoria LMP1. Há depois a obrigatoriedade de utilizar um sistema híbrido, assim como um dispositivo de recuperação de energia cinética do tipo KERS no eixo dianteiro. Sobre esta matéria, os grandes construtores serão obrigados a utilizar um sistema que esteja na sua gama de produtos, enquanto os privados poderão recorrer a um sistema híbrido partilhado.

Já o dinheiro a gastar por cada equipa é matéria em que os novos regulamentos são intransigentes, limitando os valores a 20 milhões de euros por temporada. Por outro lado, as regras não obrigam a que os carros estejam preparados para andar na estrada, embora essa seja a intenção da SCG.

"Os requisitos para legalidade em estrada são uma ideia nossa, numa alusão às regras de homologação de 1967", anunciou a construtora nas redes sociais, acrescentando: "Acreditamos que a classe dos hipercarros devia ser constituída por bólides homologados para a estrada. Aspiramos a construir o derradeiro desportivo de estrada."

É por este motivo que a construtora conta fazer 25 unidades do 007 puramente de estrada, muitas das quais já estão encomendadas.

Artigo publicado na Revista Turbo 449, de fevereiro de 2019. Descubra os nosso ensaios, todos os meses na banca e também na nossa edição online