Salvação é a Honda? Nissan terá “12 a 14 meses” de vida

A Nissan está enfrentar tempos difíceis com a redução das vendas, obrigando à redução de pessoal e da produção. Alguns executivos da empresa admitem que a empresa poderá ter entre 12 a 14 meses de vida se não conseguir inverter a situação. A salvação poderá vir da “velha” rival Honda.

A conjuntura atual está a revelar-se desfavorável para muitos fabricantes automóveis e uma das vítimas mais recentes parece ser a Nissan. Os concessionários está a vender os carros com prejuízo, a produção abrandou. Mais recentemente a teve de despedir centenas de trabalhadores e de vender um terço da sua participação na Mitsubishi. Contudo, e segundo alguns analistas, pode ser demasiado tarde.

Notícias recentes sugerem que a Nissan pode ter os dias contados. Numa entrevista recente ao Finantial Times, dois executivos da Nissan, que preferiram manter o anonimato, afirmaram que a empresa tem “12 a 14 meses para sobreviver”, acrescentando que vai “ser duro” e que “necessitamos do Japão e dos Estados Unidos para gerar receitas”.

Alegadamente, a Nissan estará à procura de um novo investidor de longo prazo, como um banco ou um grande grupo segurador, para substituir algumas das participações da Renault.

A empresa também ainda não descartou a hipótese da velha rival Honda assumir uma participação maioritária na Nissan, dizendo que “todas as opções” estão em cima da mesa. A Nissan, recorde-se, assinou recentemente um acordo com a Honda (e a Mitsubishi) para o desenvolvimento a longo prazo de veículos elétricos.

A Renault está mesmo a considerar vender a sua participação na Nissan à Honda. O construtor francês está a procurar reestruturar a sua aliança de 25 anos com a Nissan. Uma fonte anónima da empresa japonesa referiu que uma maior parceria entre a Honda e a Nissan só “seria positiva” para o fabricante gaulês.

O abrandamento nas vendas nos Estados Unidos e Japão obrigaram a Nissan a despedir mais de 9000 funcionários, ao mesmo tempo que a produção caiu quase 20%. Os resultados operacionais caíram 85% no terceiro trimestre. A empresa estima que poderá poupar quase três mil milhões de euros com a redução de pessoal e otimização da produção enquanto tenta avançar com o processo de reestruturação.