Quando são cada vez mais as pessoas a duvidar sobre a viabilidade dos salões automóveis, o evento de referência a nível mundial continua a registar quebra nas visitas. Mas, por outro lado, tem cada vez mais notoriedade nas redes sociais É habitual ouvir dizer que os salões automóveis já não têm o glamour e apelo de antigamente e que se tratam de reuniões dos fabricantes que, com o tempo, vão acabar por morrer. O problema é de tal dimensão que são várias as marcas que optam por nem participar nestes eventos. Agora os números do Salão de Genebra vêm confirmar que há cada vez menos pessoas a visitar estes certames. Mas também mostram, por outro lado, que cada vez são mais os que procuram, através das redes sociais, informações sobre o que se passa e os carros apresentados nestes locais. Este ano passaram pelo maior salão automóvel do mundo, em Genebra, 602.000 pessoas. O que significa uma queda de 9% comparativamente ao ano anterior, em que os 640.000 visitantes já eram sinónimo de uma descida de 4,5% na afluência. No entanto, a exposição mediática tem vindo a subir, muito graças às novas plataformas de comunicação. Entre os dados revelados pela organização do Salão de Genebra, é destacado o total de 5,8 milhões de consultas no Instagram e ainda as 345.000 interações no Twitter. Ou seja, mesmo sem ir à Suiça, são cada vez mais os que virtualmente "visitam" o Salão de Genebra. O próprio responsável máximo pelo evento helvético, André Hefti, destacou esta mudança de hábitos. "Isto prova que a nossa estratégia de comunicação dá frutos. Hoje o público visita o Salão não apenas fisicamente, mas também virtualmente. Assim, nós podemos partilhar as fotos dos nossos expositores e do nosso Salão com todo o mundo". Esta mudança de comportamento deixa aberta uma terceira via, em que os salões não desaparecem, apenas desaparecem as pessoas do espaço do evento...