RPM. O que são e como influenciam no consumo e nas prestações

As RPM indicam o número de rotações completas e têm uma influência direta não só no consumo de combustível como nas prestações

As RPM indicam o número de rotações completas por minuto da cambota e tem uma influência direta não só no consumo de combustível como também nas prestações dinâmicas de um automóvel. 

Rotações por minuto (RPM) é uma daquelas expressões que se podem ler em muitas publicações de automóveis - impressas ou online - mas não só. Embora este conceito seja familiar, a generalidade das pessoas não o que significa na realidade.

Uma RPM ou rotação por minuto é uma unidade de frequência que indica o número de rotações por minuto que completa um corpo que gira.

Nos automóveis, o corpo que gira é a cambota, pelo que as RPM é o número de voltas completas por minuto da cambota. Este conceito também aplicado às subidas e descidas dos cilindros do motor.

Tacómetro ou conta-rotações

As RPM são indicadas num dispositivo chamado tacómetro vulgarmente conhecido como conta-rotações - que se encontra no painel de instrumentos do automóvel, onde também está localizado o velocímetro, o indicador do nível de combustível ou o odómetro, entre outros.

No tacómetro, as RPM devem ser multiplicadas por 1000 para se saber a quantas RPM está a rodar o automóvel. No caso em que agulha (caso seja analógico) marque 2, isso significa que o motor está 2000 RPM.

Rotação ideal para o motor

O condutor deverá conhecer bem o motor do seu automóvel para saber qual deve ser o regime de rotação do motor. Todos os motores contam com uma gama otilizada de rotações do motor por minutos que permitem ao propulsor obter o melhor rendimento.

Por exemplo, os automóveis com motor a gasolina têm um regime entre as 2000 e as 4000 rpm. sendo inferior nos propulsores diesel, entre as 1500 e as 3000 rpm. Os motores não devem ter uma rotação abaixo deste regime para evitar avarias.

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Se o condutor controlar as rotações do tacómetro consegue evitar que o motor tenha mais trabalho do que o necessário e desta forma consegue-se que dure mais tempo sem avariar.

Engrenar a mudança ideal

Engrenar uma mudança no momento é importante, de tal forma que alguns veículos já trazem um indicador para aconselhar o condutor a fazê-lo na altura mais indicada. 

Muitos condutores podem não dar a devida importância, mas quando se engrena a velocidade na altura mais adequada, isso tem reflexo positivo ao nível da mecânica e do consumo de combustível.

A seleção da mudança ideal tem um impacto positivo na dinâmica da condução

Assim, nos motores a gasolina deveria ser engrenada uma mudança quando o motor está a funcionar entre as 2000 e as 2500 rpm. Caso se trate de um diesel, o momento ideal é entre asa 1500 e as 2000 rpm.

De qualquer maneira, o condutor apercebe-se que tem de engrenar uma mudança quando as rotações começam a descer e o veículo perde velocidade. Será recomendável que o faça antes que o motor "vá abaixo".

Quando se deve reduzir?

Nalgumas altura torna-se necessário aumentar o regime de rotação do motor, especialmente quando se inicia uma ultrapassagem ou é preciso vencer uma subida pronunciada. 

Nesse momento torna-se necessário engrenar uma mudança abaixo, isto é, fazer uma "redução" para que o regime de rotação do motor volte a subir, permitindo à viatura recuperar velocidade, o que de outra forma seria mais difícil. 

Conduzir sempre nas relações de caixa mais adequadas tem impacto na longevidade do motor

Por outro lado, se o automóvel fizer muitos percursos citadinos será aconselhável levá-lo para a estrada e deixar o motor a funcionar em regimes de rotação mais elevados. Isto permitirá limpar os resíduos não queimados de carbono que se acumulam no motor. Caso contrário, os resíduos de carbono e a sujidade provocarão fumo negro.

Se o condutor elevar o regime de rotação do motor em estrada durante alguns minutos, os resíduos de carbono serão queimados.

Subir e baixar as rotações

Por outro lado também não será conveniente conduzir frequentemente com regimes de rotação muito elevados porque não só obriga a reduzir os intervalos de manutenção para substituição do óleo do motor, também acarreta um consumo mais elevado de combustível. Num contexto de elevado preço do litro da gasolina e do gasóleo, isso tem um impacto direto e pouco agradável na carteira do condutor.

Contudo, também não se deve conduzir com o regime do motor muito próximo do ralenti. Se é verdade que a condução a baixas rotações proporciona um consumo mais baixo de combustível, o abuso dessa prática poderá originar avarias graves.

Escape
O fumo negro no tubo de escape resulta de resíduos de carbono não queimados com origem em condução citadina

O condutor tem de levar em conta o regime de rotações a que deve trabalhar o motor e não tentar circular sempre a baixas rotações. Se isso acontecer, a consequência mais provável será uma ida à oficina porque essa prática obriga a um esforço para o motor que depois irá provocar vibrações que acabam em avarias. Toda a poupança no consumo de combustível acaba por ser canalizada para a despesa na oficina.

Assim, apesar da condução a baixas rotações ser positiva em termos de consumo de combustível e emissões não se deve abusar e optar por circular sempre no regime de rotação mais aconselhado para um automóvel com motor a gasolina ou gasóleo.