A preparar a transição para a Mobilidade Eléctrica, a Rolls-Royce deverá iniciar em breve a fase de testes de estrada com aquele que será o seu primeiro modelo 100% elétrico, de nome Spectre. Proposta cuja chegada ao mercado só está, no entanto, prevista para o último trimestre de 2023.
A notícia é avançada pela britânica Autocar, acrescentando que o Rolls-Royce Spectre deverá cumprir, durante esta nova fase de desenvolvimento, quase 250 milhões de quilómetros, distribuídos pelos diversos protótipos de desenvolvimento, e nas mais diferentes condições. Isto com o objectivo, de segundo a marca britânica de hiper-luxo, sujeitar as unidades àquilo que seriam 400 anos de utilização!
Recordar que o CEO da marca de Goodwood, Torsten Müller-Ötvos, afirmou já estar convencido de que o protótipo do Spectre, apresentado no último Verão, é já uma representação fiel daquilo que será o veículo de produção.
Assim, tudo aponta para que o primeiro veículo 100% elétrico (EV) da Rolls-Royce venha a ser um Grand Tourer de apenas duas portas, com um capot caracteristicamente longo e de proporções musculadas. Opções que, acrescente-se, colocam o modelo como um potencial substituto do atual Wraith, cujo percurso comercial teve início em 2013.
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De resto e embora sem confirmar o fim deste último modelo, a marca britânica já anunciou a retirada da versão de capota rígida, assim como da versão Dawn com capota de lona, do mercado norte-americano. Medidas que, defende a revista britânica, sugerem uma desaceleração na produção do modelo, visando, muito provavelmente, a sua retirada do catálogo do fabricante.
Ainda sobre o Spectre, cuja primeira abordagem terá sido o concept 102EX baseado no Phantom de 2011, a Autocar acrescenta que deverá manter as distintivas portas de abertura suicida do Wraith. Só não se sabendo, ainda, muito, sobre o sistema de propulsão de modelo que, no entanto, manterá o já longo capot, quiçá também como forma de assegurar a concretização de uma das promessas de Müller-Ötvos - a transição para a Mobilidade Eléctrica seria feita de forma suave, ou seja, admitindo, inclusivamente, a possibilidade de versões híbridas.
O que, a acontecer, confirmaria, igualmente, o prolongamento da vida do icónico V12 utilizado pela marca, o qual só deverá desaparecer quando a Rolls-Royce se tornar totalmente elétrica, em 2030.