Contrariado a imagem de um certo conservadorismo nos clientes da marca, a Rolls-Royce acaba de confirmar o elevado impacto que, o primeiro elétrico da marca, está a causar junto do seu público. Ainda assim e se for esse o seu caso, saiba que, se encomendar um Spectre agora, recebê-lo-á em 2025!
Embora vindo de uma marca que já tem por tradição fazer esperar os seus clientes, durante longos períodos, até que possam disfrutar os seus automóveis - algo que decorre, desde logo, do elevado grau de personalização e que faz com que qualquer Rolls-Royce demore entre 12 a 15 meses a ficar pronto -, a verdade é que, a situação agora assumida, não deixa de causar surpresa; mas e ao contrário do que seria de esperar, pela positiva!
"A todos aqueles que estão, neste momento, a avançar com a encomenda de um Spectre, queremos dizer-lhes que deverão receber o seu automóvel em 2025", afirmou, em declarações publicadas pelo site InsideEVs, durante uma conferência de imprensa na abertura do Concurso de Elegância de Villa d'Este, o CEO da Rolls-Royce.
Apesar da inovação que o modelo encerra, até para o próprio fabricante, Torsten Müller-Ötvös deixou a garantia de que, "embora possam vir a existir picos de produção a médio e longo prazo, esse é, sem dúvida, o nosso objectivo". Até porque, "não gostaríamos deixar o nossos clientes vários anos à espera, para receberem os nossos produtos".
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No entender deste responsável, "os clientes deste segmento de luxo não apreciam tempos de espera superiores a dois, três, quatro, ou até mesmo cinco anos", tal como "não gostam que digamos que o carro já está esgotado, ainda antes mesmo de estar produzido". "Na minha opinião, isso é apenas demonstração de uma má planificação, nada mais".
A importância dos concepts
De resto e sobre o Spectre propriamente dito, Müller-Ötvös não deixou de recordar as lições aprendidas pela Rolls-Royce com os concepts elétricos que foram desenvolvidos previamente, como foi o caso do 102EX ou do 103EX, e que serviram de base ao modelo recentemente lançado, e que levaram que este último tenha sido "claramente projecto e desenvolvido segundo o feedback dos clientes".
"[Com os concepts] Aprendemos muito sobre autonomia, sobre tempos de carregamentos, sendo que, ficou claro, por exemplo, que, não precisamos ser aqueles que chegam mais longe, com uma só carga, e que, uma autonomia a rondar os 500 quilómetros, chega e sobra para os nossos clientes".
De resto, "estas conclusões ajudaram-nos a definir, também, o tamanho ideal da bateria", "a forma e o tipo de carro", já que, trata-se de um "um equilíbrio fino entre alcance, tamanho das baterias e o tipo de compromissos que, de repente, obtemos através do design do automóvel".
Uma grelha Pantheon... diferente
Aliás e sobre o design exterior do Spectre, o CEO da Rolls-Royce recordou que, "tínhamos tomado a decisão inamovível de que manteríamos a grelha frontal Pantheon, até por se tratar de uma peça particularmente significativa na Rolls-Royce".
Ainda assim e até pelo facto de exibir uma inclinação perceptível, "esta grelha acaba sendo muito diferente de tudo o que já vimos num Rolls-Royce", com destaque para o facto das "palhetas terem sido concebidas de forma a ajudarem a que o vento circule sem dificuldades em redor do carro e não para que entre no compartimento dianteiro, como forma de arrefecer o motor".
Resumindo, tudo soluções que vieram contribuir para fazer do Spectre, o Rolls-Royce mais eficiente, aerodinamicamente falando, de todos os tempos, recordou o CEO da marca de Goodwood...