Numa altura em que a marca elétrica norte-americana começa a atacar o mercado interno, o fundador e CEO da Rivian veio já garantir que o construtor de veículos de aventura não se ficará pelos EUA, mas avançará, igualmente, para os mercados da Europa e China. Para os quais, aliás, até já tem pensados modelos específicos.
Numa altura em que lança no mercado americano a sua primeira pickup e SUV de grandes dimensões, o fabricante de automóveis elétricos Rivian define, igualmente, estratégias para os mercados da Europa e da China, nos quais pretende vir a entrar já em 2022.
Em declarações à Reuters, o fundador e CEO da Rivian anuncia que a ofensiva, na Europa, começará com o SUV R1S, embora, "o que realmente nos trará volume em mercados como a Europa e a China, sejam os produtos que se seguirão". Desde logo, porque, explica R. J. Scaringe, serão propostas mais pequenas e dimensionadas, para esses mercados.
Ainda sobre esses futuros veículos elétricos de dimensões mais contidas, mas que, ainda assim, partilharão vários componentes com os modelos com que a marca se estreia no mercado norte-americano, Scaringe afiança que, "encaixarão, na perfeição, nesses mercados e, em particular, no mercado chinês".
No entanto e para conseguir uma "economia de escala nesses mercados, à medida que formos introduzindo produtos novos, vai ser importante ter produção fora dos EUA", defende o mesmo interlocutor. Reconhecendo, no entanto, que, "isso, ainda está longe".
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"A verdade é que não estaríamos a pensar verdadeiramente em fundar uma companhia automóvel, se não estivéssemos a pensar, desde já, em mercados importantes como a China ou a Europa, a longo termo", afirma o fundador da marca de automóveis elétricos criada em 2009, nos EUA.
Entretanto, a primeira fábrica da Rivian, localizada em Normal, Illinois, deu já início à produção dos dois modelos com que a empresa pensa iniciar a comercialização, durante o próximo ano. Mais concretamente, a pickup R1T, o SUV R1S e um veículo comercial de grandes dimensões, já encomendado pela Amazon. Este último, construído com base na mesma plataforma dos restantes.
No entanto e quanto às propostas mais pequenas, com que a marca pretende atacar os mercados europeus e chinês, e que à partida poderão ser crossovers, as previsões são de que, mesmo com o aumento crescente da procura, as dificuldades venham a ser maiores. Desde logo, porque a oferta, proveniente de vários outros construtores, será também maior.