Depois de já ter arrebatado o ceptro de automóvel elétrico mais rápido da atualidade, o croata Rimac Nevera acaba de conquistar um novo recorde, ainda mais difícil... e invulgar: o do veículo de produção capaz de atingir a velocidade mais elevada, também em marcha-atrás!
Incontestado até ao momento no que diz respeito à mais alta velocidade conseguida por um veículo elétrico de produção, isto depois de ter conseguido atingir os 415 km/h, o superdesportivo Rimac Nevera não quis, claramente, ficar por aí. Sendo que e depois de já se ter tornado "Senhor" de Goodwood ou Nürburgring (eletricamente falando...), acaba de lançar as garras a mais um recorde.
Aproveitando a mais-valia decorrente de um trem de força exclusivamente elétrico, a anunciar uma potência acima dos 1.900 cv e que consegue atingir a sua potência máxima em que qualquer um dos sentidos em que as rodas girem, o hiperdesportivo croata regressou à pista alemã de Papenburg (onde, aliás, já estabeleceu vários recordes), para tentar, desta feita, a mais alta velocidade conseguida por um elétrico, em marcha-atrás!
Realizadas as tentativas, o Nevera não deixou quaisquer dúvidas e terminou o dia com marcas tão impressionantes como a de uma aceleração dos 0 aos 96 km/h, em marcha-atrás, em 1,74s, além da obtenção de uma velocidade máxima de 275,74 km/h... também para trás!
LEIA TAMBÉM
Superou os 415 km/h. Rimac Nevera é o novo EV mais rápido do mundo
Novo recorde mundial já homologado pelo Guiness World of Records, esta nova marca veio derrubar uma outra, já com mais de 20 anos, e que havia sido fixada por um veículo a combustão, o Caterham 7 Fireblade. Que então conseguiu atingir a velocidade máxima de 165,08 km/h.
Uma questão de aptidão natural
Comentando o novo feito alcançado pelo "seu" Nevera, o engenheiro-chefe da Bugatti Rimac, Matija Renic, recordou que a equipa tomou consciência do hiperdesportivo poder vir a ser igualmente rápido em marcha-atrás, ainda durante o programa de desenvolvimento.
Nessa altura e mesmo sem a realização antecipada de qualquer adaptação em termos de aerodinâmica, arrefecimento ou estabilidade, neste caso, para uma utilização em marcha-atrás, o Nevera terá dado logo mostras de que conseguiria ultrapassar os 240 km/h.
Quanto ao piloto de testes que fixou o novo recorde, Goran Drndak, esclareceu, no final, que demorou um pouco a habituar-se à condução em marcha-atrás, embora o Nevera tenha passado rapidamente no teste.
Assim e da parte de Drndak, o único cuidado exigido foi não perturbar o equilíbrio do hiperdesportivo da Rimac, movendo suavemente o volante e tendo sempre bem presente o momento indicado para a travagem.