Oliver Schmidt foi acusado de ajudar a esconder a existência de softwares para alteração das emissões dos modelos do Grupo VW, que já avisou os seus responsáveis de topo que não devem viajar para os Estados Unidos pois podem também ter de passar pelos estabelecimentos prisionais americanos. Após a notícia da prisão de um responsável do Grupo VW na Coreia do Sul durante a última semana, agora foi o FBI a ordenar a prisão do responsável pelo departamento do fabricante alemão que supervisionava o cumprimento das legislações obrigatórias para a entrada em comercialização dos novos modelos. Oliver Schmidt, o alto quadro em questão, foi preso no último sábado na Florida e já presente a tribunal esta segunda-feira com o uniforme prisional, sendo acusado de fraude e conspiração por não revelar a existência dos softwares de alteração das emissões que deram origem ao DieselGate. Este executivo foi preso no aeroporto quando se preparava para ir passar um período de férias à Alemanha, informou o Departamento de Justiça, com o advogado de Schmidt a indicar que ele já anunciou intenção de cooperar com as autoridades. O Grupo VW também reiterou novamente a vontade de cooperar com as autoridades, escusando-se a tecer mais comentários sobre casos ainda em julgamento. Na queixa é indicado que Schmidt desempenhou papel importante no encobrimento do escândalo VW, tendo viajado para os Estados Unidos no Verão de 2015 com esta intenção. Segundo o Departamento de Justiça, este responsável procurou dar às autoridades americanas outros motivos para a discrepância nos valores de emissões registados e aqueles anteriormente anunciados, mesmo tendo conhecimento da existência dos famosos defeat devices. Com relatórios a indicarem a probabilidade de mais executivos do Grupo VW serem acusados, a Automotive News Europe noticia que o consórcio germânico já avisou os seus membros de topo para evitarem viajar para fora da Alemanha. Esta será uma forma de os proteger dos possíveis processos judiciais nos Estados Unidos, pois a constituição da Alemanha apenas permite a extradição dos cidadãos do país para outros Estados da União Europeia, o que iria bloquear qualquer pedido da autoridades americanas para que os responsáveis do Grupo VW tenham de responder em tribunal pelo DieselGate. Fonte: Automotive News Europe