Vários operadores rodoviários portugueses iniciaram um teste piloto com biocombustíveis que está a ser conduzido pela Repsol. O projeto tem uma duração de três meses e a participação de 53 viaturas de utilizarão 400 mil litros de gasóleo cem por cento renovável (HVO).
No âmbito de uma colaboração com frotas e empresas de referência como a Coca-Cola, DPD, Elis e LIDL, assim como operadores logísticos como a Atlantic Cargo, a HAVI, a Transportes J. Amaral e a Transportes Florêncio Silva, a Repsol iniciou um teste com gasóleo renovável com o objetivo de avaliar o desempenho deste combustível e a sua capacidade de redução de emissões.
O projeto tem uma duração de três meses e conta com a participação de 53 viaturas, as quais utilizarão mais de 400 mil litros de gasóleo cem por cento renovável - um HVO avançado - com uma poupança superior a 1100 toneladas de emissões de dióxido de carbono, sendo equivalente a cerca de 27 viagens de avião entre Lisboa e Nova Iorque.
A Repsol tem vindo a realizar vários testes piloto em Espanha para descarbonizar o transporte rodoviário pesado de mercadorias, estendendo-se agora a Portugal.
Os biocombustíveis avançados e os combustíveis sintéticos são neutros em termos de emissões líquidas de dióxido de carbono, sendo apontados como uma solução para a descarbonização do transporte rodoviário pesado, designadamente em áreas onde a eletrificação é mais difícil como o transporte rodoviário pesado, a aviação e o transporte marítimo.
Fábrica em Cartagena
Segundo a Repsol, aqueles combustíveis contribuem para a descarbonização do parque que está atualmente em circulação, uma vez que podem também ser utilizados por veículos atuais com motores de combustão recentes. Em Portugal, atualmente, os combustíveis rodoviários têm um 11,5% de biocombustível incorporado.
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A Repsol tem vindo a investir em projetos de produção de combustíveis renováveis em larga escala. A empresa energética espanhola está a construir, nas suas instalações de Cartagena, em Espanha, a primeira fábrica de biocombustíveis avançados, que permitirão a produção de 250 mil toneladas anuais de combustíveis a partir de resíduos como os óleos alimentares usados.
A fábrica irá produzir biocombustíveis avançados, através de vários tipos de resíduos, principalmente provenientes da indústria agroalimentar, tais como óleos alimentares usados, como parte do processo de transição para uma economia mais circular. A construção deverá estar concluída na segunda metade deste ano.