Renting e leasing registam quebra no primeiro semestre

O setor de renting e leasing encerrou o primeiro semestre com uma quebra de 13,7% e 25,7%, respetivamente. O COVID-19 esteve na origem desta diminuição.

O setor de renting e leasing encerrou o primeiro semestre de 2020 com uma quebra de 13,7% e 25,7%, respetivamente. A pandemia do COVID-19 e a diminuição da atividade económica estiveram na origem desta redução acentuada do financiamento especializado.

O financiamento em renting no primeiro semestre de 2020 registou uma quebra de 13,7% quer em número de viaturas adquiridas, quer em produção, segundo revela, em comunicado a Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF).

Os dados indicam que no período em questão foram adquiridas 12.669 viaturas, sendo 10.201 de passageiros e 2468 comerciais, e a produção total ascendeu a 258 milhões de euros.

Não obstante a quebra verificada na nova produção, a frota total gerida pelas empresas de renting continuou a manter uma evolução positiva, com um total de 119 mil viaturas e um valor de 1,9 mil milhões de euros, resultando num crescimento de 3,0% e 5,5%, respetivamente.

Por sua vez, o setor do leasing foi responsável por um financiamento total de 1,13 mil milhões de euros no primeiro semestre de 2020, valor que representou uma diminuição de 25,7% face a período homólogo do ano passado.

O leasing de viaturas absorveu a fatia mais expressiva deste financiamento especializado, sendo responsável por 501 milhões de euros, associados a 14.991 viaturas, incluindo 13.052 ligeiras (363 milhões de euros) e 1939 pesadas (138 milhões de euros).

Impacto da crise do coronavírus

Estes resultados são reflexo da pandemia do COVID-19 e da acentuada quebra da atividade económica dos setores que são tradicionalmente clientes dos produtos de financiamento especializado no segundo trimestre.

"Este primeiro semestre de 2020 demonstra um desempenho dos três setores que representamos em linha com as previsões devido à paralisação da economia na sequência da Pandemia de COVID-19, que Impactaram fortemente o segundo trimestre", afirma Alexandre Santos, presidente da ALF.

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"O ambiente económico altamente incerto reflete-se no investimento empresarial, mas estamos, ainda assim otimistas relativamente a uma recuperação logo que a situação estabilizar com a ajuda de uma política monetária 'acomodativa' da Comissão Europeia".

"Porém, nestes tempos mais turbulentos, a prioridade das associadas da ALF mantém-se: colaborar e apoiar as empresas, particularmente as PME, para que possam enfrentar a grave recessão económica que se prevê", acrescenta o presidente da ALF.