A Renault decidiu unir os seus esforços, no domínio da Mobilidade Inteligente e Sustentável, com outras empresas de topo nas respectivas áreas de operacionalidade, para criar um novo ecossistema aberto, que adoptará o nome de "Software République". E que, garantem os seus criadores, contribuirá para a excelência em áreas relacionadas com a Mobilidade.
A cargo de empresas como o grupo Renault, Atos, Dassault Systèmes, STMicroelectronics e Thales, o "Software République" resultará da combinação das diferentes áreas de especialidade em que estas companhias operam. Visando, desde logo, a criação de sistemas e software que, acrescentam, "proporcionem uma enriquecida e sustentável oferta de mobilidade para as cidades, regiões, negócios e cidadãos".
Assim e recorrendo a domínios como a inteligência artificial, cibersegurança, conectividade, eletrónica incorporada e tecnologias virtuais, o novo ecossistema de inovação aberto permitirá, igualmente, criar e, posteriormente, comercializar, sistemas inteligentes que promovam uma conectividade segura entre o veículo e o seu meio ambiente digital e físico, sistemas de simulação e de gestão de dados destinados a optimizar fluxos, mas também ecossistemas energéticos que simplifiquem a experiência de carregamento, por parte de um automóvel elétrico, sem qualquer intervenção do utilizador.
De resto e também como forma de promover a inovação, a Software République também visa criar um fundo de investimento, destinado a financiar as start-ups mais promissoras e incubadoras, que alojem starts-ups no campo das tecnologias inteligentes de mobilidade. E para que possam ter acesso a "um ambiente colaborativo de desenvolvimento e experimentação virtual e de tutoria através de uma rede criadora de valor.
A fundamentar toda esta iniciativa, os parceiros destacam um estudo do Grupo Boston Consulting, segundo o qual o mercado global da mobilidade deverá crescer 60%, até 2035, para os 11 mil milhões de euros.
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Segundo o mesmo estudo, este crescimento será, maioritariamente, motivado pela chegada de tecnologias disruptivas – veículos elétricos, novos componentes, serviços após-venda inovadores e outro tipo de serviços de valor acrescentado – que deverão ver o share no mercado global de mobilidade, passar dos atuais 5%, para os 45%.
Ainda sobre o ecossistema, as empresas envolvidas afirmam, ainda, estar prontas a acolher novos membros e a desenvolver colaborações, num regime aberto.