O que já havia sido antevisto no final do semestre inicial do derradeiro passado confirma-se, e a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi ocupou o primeiro lugar mundial nas vendas em 2017 nos ligeiros de passageiros A aliança franco-nipónica Renault-Nissan-Mitsubishi já começou a obter os frutos da integração da marca dos três diamantes, que lhe permitiu em 2017 tornar-se no grupo automóvel com maior volume de vendas a nível mundial. Os resultados que já tinham sido antevistos pelos números do primeiro semestre foram agora confirmados, através da junção das performances comerciais dos últimos doze meses dos fabricantes nipónicos e gaulês, em que se destaca desde logo o novo recorde obtido pela Nissan, responsável por mais de metade dos veículos entregues. Para trás ficou o gigante germânico do Grupo VW, enquanto o terceiro posto passa agora a ser ocupado pela Toyota. Ao longo de 2017 a Nissan entregou 5,82 milhões de automóveis, o seu registo mais elevado de sempre, enquanto a Renault fechou o ano com 3,76 milhões de veículos comercializados e a Mitsubishi conclui o último exercício com 1,03 milhões de unidades transacionadas. Isto significa um volume total de 10,61 milhões de ligeiros de passageiros, aproximadamente 80.000 viaturas a mais do que os 10,53 milhões de ligeiros de passageiros vendidos pelos integrantes do Grupo VW. A Toyota, que até recentemente foi líder a nível planetário, caiu assim para o terceiro posto, com um registo de 10,2 milhões de veículos saídos dos seus concessionários. Este registo dá ainda maior impulso à estratégia preconizada por Carlos Ghosn, o "cérebro" que delineou os planos do grupo franco-nipónico. Um dos elementos-chave está na poupança gerada com as sinergias entre marcas (duplicando o valor para 10 mil milhões de euros até 2022, com previsão de um total de 14 milhões de viaturas entregues nesse ano), e o crescimento do volume de vendas vem reforçar as vantagens dessa partilha. Estas são verbas que podem depois ser alocadas a outros projetos, como os recentemente anunciados 806 milhões de euros destinados a inovação e os ambiciosos planos estabelecidos na mobilidade elétrica, onde é líder europeia com o Renault Zoe e conta com o modelo de emissões 0 mais comercializado de sempre, o Nissan Leaf.